Resumo de Revolução PERNAMBUCANA DE 1817

Pernambuco exibe um acontecimento histórico que, entre outros, o engrandecer e dignificar. Trata-se de Revolução Republicana de 1817 que tem muito haver com Itamaracá e sua gente.
Para Oliveira Lima , esse movimento armado de caráter libertário se constituiu na “única revolução brasileira digna desse nome”.
Resumidamente , as coisas se passaram assim: no Recife, um punhado de bravos e idealistas planejou a revolta para ter início a 06 de março de 1817. Um dos seus chefes destacados foi o Padre Pedro de Souza Tenório, vigário de Itamaracá, residente na Vila Velha. Era Um sacerdote atuante e estimado pelos seus paroquianos. A ele estava reservada a incumbência arriscada de apoderam-se do Forte de Tenório prendeu o juiz de fora de Goiana , o português José Alexandre, ocorrência que lhe trouxe , mais tarde, o agravamento de pena a que se submeteu.
Não demora muito, a bela revolução começa a mostra sinais de enfraquecimento. Foi por essa razão que os chefes revolucionários tratam de abandonar o Recife e foram reunir-se no atual município do Paulista. De lá, cada tomou um rumo ignorado, sabendo-se, depois, que Tenório veio para Itamaracá onde encontraria amigos leais e acolhedores. Foi o que realmente aconteceu.
Aqui chegando ocultamente, o religioso logo foi acolhido por pessoas residentes no Pilar. Mas, permanecer o padre no Pilar seria submetê-lo a riscos muitos sérios, raciocinaram. Por isso, levaram-nos para Jaguaribe, onde o esconderam numa propriedade rural próxima ao Engenho Macaxeira.
A população de Jaguaribe, da mesma maneira como o fez a do Pilar, recebeu de braços abertos o Padre Tenório e lhe deu toda proteção.
Mas, não se sabe como, nem quando, aqui chegou e permaneceu em silêncio o miserável Antônio Correia Calheiros, elemento sem ligação de qualquer natureza com a população da ilha (garante-o o autor da HISTÓRIA DE ITAMARACÁ) e logo teve conhecimento da presença, na ilha, do bravo vigário. Foi bastante para o desprezível indivíduo corresse ao encontro das autoridades portuguesas acasteladas no Recife para fazer a denúncia e embolsar, como prêmio, a gorda quantia de 400 mil réis.
Mas, desgraçadamente, os acontecimentos em torno do aprisionamento do padre foram completamente torcidos e a verdade permaneceu mascarada. Começaram os boatos e maledicência. Surgiu a versão de que foi a população de Jaguaribe que denunciou o Pe. Pedro Tenório, estimado por todos.

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