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Marcelo Caetano
(Fernando Barata)

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Presidente do Conselho de Ministros em 1968 a 1974, sucessor de Salazar nessas funções, foi deposto pela Revolução do 25 de Abril de 1974.
A sua escolha pelo presidente da República Américo Tomás, veio pôr termo ao breve período de hesitações e crise interna que o regime autoritário e conservador, organizado e fortalecido em torno da figura de Salazar, atravessou em consequência do inesperado acidente que impossibilitou o seu chefe de se manter em funções.
Caetano, era á algum tempo apontado como o sucessor natural de Salazar, apesar de se ter afastado discretamente da politica activa em que se encontrava desde 1958. Abandonou o cargo de ministro da Presidência, no âmbito de uma remodelação feita após a eleição do presidente Tomás e que sacrificou igualmente o seu grande rival dentro do governo de Salazar, o então ministro da Defesa, Santos Costa, que defendia uma orientação mais direitista.
Recusou entretanto comprometer-se abertamente com a tentativa golpista do general Botelho Moniz em 13 de Abril de 1961, apesar de esta ter como objectivo entregar-lhe o cargo de presidente do conselho, ao mesmo tempo que repunha Craveiro Lopes na presidência da República.
Como reitor da Universidade Clássica de Lisboa, em 1962, não deixara de verberar o comportamento das autoridades na repressão ao movimento estudantil e particularmente na violação da autonomia universitária.
Como presidente do conselho de ministros, e consciente dos impasses a que a politica de imobilismo conservador de Salazar conduzira o regime, tentou logo de inicio algumas mudanças, numa linha que definiu como de “renovação na continuidade”, tanto no plano interno como no colonial.
Nas eleições legislativas de 1969, fez aparecer nas listas da União Nacional alguns jovens quadros de orientação mais liberal, ao mesmo tempo que a oposição democrática, aproveitando o clima de alguma abertura entretanto criado, embora as muitas limitações que permaneciam e entre elas a censura prévia, resolvia ir ás urnas.
Com um sistema eleitoral dominado pelo Governo e de lista maioritária, a União Nacional conquistou todos os lugares da Assembleia Nacional.
A sua “ala liberal”, em breve criaria problemas aos defensores das teses conservadoras.
Após dois anos de hesitação, Caetano recuava em relação á sua anterior vontade de liberalização até mesmo no plano colonial.
As mudanças anunciadas revelavam-se mais nominais que reais. Entalado entre os sectores mais conservadores do regime e os seus sectores mais liberais, cada vez mais isolado perante um país cansado de uma guerra sem solução á vista, a sua margem de manobra era pouca.
O caminho estava aberto para a Revolução Militar. Enviado pela Junta de Salvação Nacional para a Madeira, escolhe o exílio no Brasil, onde até á morte ensinou numa universidade privada do Rio de Janeiro.



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