D. João I - Mestre de Avis
(Tomás Pereira)
Rei de Portugal desde 6.5.1385, nasceu em Lisboa a 11.4.1357 e morreu em 14.8.1433.
Filho de D. Pedro e da dama galega D. Teresa Lourenço, em 1364 tornou-se mestre da Ordem de Avis.
Leonor Teles, vendo nele um perigo para a sua hegemonia junto de D. Fernando, tente em vão livrar-se dele, tramando a sua condenação á morte. Morto D. Fernando, seu meio-irmão, acaba por aceitar a chefia que lhe é entregue pelo movimento popular em Lisboa.
Preparou a conspiração que levou á morte do Conde de Andeiro em 6.11.1383, e em 23.12.1383, aceitou o titulo de “defensor e regedor do reino”.
Em 6.4.1385, as Cortes de Coimbra, designaram-no rei de Portugal e em 14.8.1385, alcançou com a ajuda de D. Nuno Alvares Pereira, a vitória sobre o rei de Castela numa batalha decisiva em Aljubarrota.
As tréguas sucessivas foram firmadas desde 1393 até que se estabeleceu a paz em 1411 e 1432.
Em 1386, pelo Tratado de Windsor, firmou a aliança inglesa e em 2.2.1387, casou com D. Filipa de Lencastre, neta de Eduardo III de Inglaterra.
Em 1401, casou seu filho natural, D. Afonso, conde de Barcelos, com D. Beatriz, filha única de D. Nuno Alvares Pereira. D. Afonso viria a ser em 1442 o 1º Duque de Bragança.
Entretanto iniciara a construção do Mosteiro de Santa Maria de Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha.
A partir de 1412, associou D. Duarte ao governo e, em 1415, comandou a expedição a Ceuta, iniciando deste modo a expansão ultramarina portuguesa.
Na conquista da cidade marroquina tomaram parte muito activa os seus filhos, D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique.
Já no final da vida, vê sua filha D. Isabel, sentada no trono de Borgonha, em 1430, ao tempo um dos tronos mais importantes da Europa.
Escreveu o “Livro da Montaria”, que é uma das mais valiosas obras literárias portuguesas do século XV.
Nele revela não só a sua cultura profana e eclesiástica, mas também o seu interesse por diversos desportos e divertimentos, incluindo a dança, a música e o xadrez.
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