Resumo de Exodo rural e urbanização - valciano camilo gurgel

A população urbana já supera a rural nas principais regiões econômicas do planeta. A seca, o desemprego, a mecanização da agricultura e o nível tecnológico junto às melhores condições de vida na cidade provocaram a retirada em massa do campo para o meio urbano.
    No Brasil, a maior parte dos imigrantes (internos) sai do norte e do nordeste do país rumo às grandes metrópoles, geralmente localizadas no litoral. São Paulo é o estado que mais recebe imigrantes, devido ás ofertas de emprego.
    O processo de transição populacional do campo para a cidade teve inicio com a primeira revolução industrial. Na época, as fábricas ofereciam um grande número de vagas para trabalhar nas linhas de produção.
    Antes disso, a maioria da população vivia do cultivo no campo. As famílias eram numerosas para garantir à agricultura de subsistência. Em épocas de colheita os componentes mais jovens prestavam serviços em propriedades privadas para aumentar o orçamento. Porém, este meio de sobrevivência rural foi anulado por novas técnicas de cultivo e aplicação de tecnologias para agricultura em nível comercial.
    Migrar para o meio urbano tem sido uma maneira de fugir da miséria. Considerando a qualidade de vida entres às duas regiões fica claro que existe um abismo de desigualdade. As escolas rurais atingem as notas mais baixas nos exames que medem ao desempenho educacional (IDEB e ENEM, por exemplo); na área da saúde, verifica-se a ocorrência de morte causada por doenças de fácil controle, como é o caso da diarréia.
    O êxodo rural vem ocorrendo há tempos, mas as cidades não foram planejadas para receber esse contingente que tem recebido nos últimos anos. Ao chegar à cidade, o nordestino torna-se vítima de preconceito e enfrenta sérios problemas de habitação, tendo que morar com a família em locais íngremes, agravando a favelização, violência e criminalidade.
    A imigração em massa e os seus efeitos são mais um problema social causado pela concentração de renda. Nos últimos anos observaram-se pouquíssimas melhoras no combate à desigualdade. Esse paradigma só poderá mudar eficazmente com a implantação de um amplo programa político de redistribuição de terra e descentralização dos meios de produção entre os cidadãos, já que assim se deu o início desta longa história, há anos atrás, quando o homem declarou-se o dono da terra.

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