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O casamento mais louco de sempre
(Américo Martins)

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A 28 de Julho de 1659, após duas semanas de preparativos, Luís XIV de França, com a sua comitiva de 15 mil pessoas ( guardas reais, mosqueteiros, damas da corte, criados, cozinheiros, entre outros ), com cavalos, mulas e carroças, saíram do Palácio de Fontainebleu, para percorrer os 1200 km até Saint-Jean-de-Luz, na fronteira espanhola dos Pirinéus.
Ali, o futuro rei iria casar-se com a infanta Maria Teresa de Espanha.
Carregados de mobílias, tapeçaria, guarda-roupa e outras exigências de Luís XIV, só a 8 de Maio de 1660 chegavam ao destino, onde se realizaria um dos casamentos mais memoráveis de sempre.
No total, esta viagem de ida e volta, teve um percurso de 3500km e demorou 396 dias, divididos em 95 etapas, passando por 65 cidades diferentes.
Exaustos, os criados começavam a reclamar, mas a recepção em cada cidade, com passadeiras vermelhas e muitos aplausos, incentivava a comitiva que fora obrigada a acompanhar o Rei Sol.
O casamento daquele que viria a ser apelidado de o Rei Déspota, na altura com 22 anos, e Maria Teresa de Espanha, da mesma idade, foi apenas uma união estratégica.
Luís XIV ainda não tinha assumido plenamente as funções de rei, já que o cardeal Mazarino, primeiro-ministro, controlava os assuntos de Estado, desde o fim do período de regência da mãe do monarca, fazendo-o até 1661.
A guerra entre Espanha e França continuava, sendo o casamento entre as duas casas reais a solução ideal.
Espanha hesitou, e Mazarino tentou o casamento com Catarina de Bragança, mas assim que Filipe IV de Espanha ouviu os rumores desta união, enviou uma mensagem para a corte francesa, com o propósito de iniciar as negociações de paz e do casamento que se tornou nesta odisseia.
Ao longo da viagem, o cardeal Mazarino e os emissários da corte espanhola ultimavam os pormenores do casamento.
Depois da saída de Fointanebleu, a comitiva de Luís XIV, estava longe do meio do percurso e aí perceberam que o casamento não seria realizado até ao fim de 1659, não só pela delicadeza das negociações que decorriam entre as duas casas reais, mas também pelo Inverno rigoroso que se aproximava.
O rei, exigiu prosseguir caminho, não arriscando voltar a Paris sem mulher e ainda em guerra.
Em Saint-Jean-deLuz, estava á espera da comitiva o que de melhor havia na região: 286 presuntos.
O casamento foi a 9 de Junho na Igreja de São João Batista.
O rei entrou radiante á frente do cardeal Mazarino e da corte, vestido de ouro.
Maria Teresa chegaria depois com uma túnica de prata sobre os ombros, um vestido de cauda muito comprido, trazendo consigo flores-de-liz, e na cabeça uma pesada coroa de ouro.
A cerimónia durou 3 horas, mas a boa disposição de Luís XIV passou depressa.
Pediu para se deitar cedo e recolheu-se antes mesmo da rainha.
A comitiva, já com a rainha e as suas aias, saiu de Saint-Jean-de-Luz a 15 de Junho em direcção a Paris, tendo chegado á capital francesa a 26 de Outubro.
Deste casamento nasceram 6 filhos, mas nenhum sobreviveu ao rei.



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