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Padre António Vieira
(Nelson Guerra)

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Nasceu em Lisboa em 1608 e morreu em Lisboa em 1697.
Com 6 anos, acompanha os pais quando estes partem para o Brasil.
Frequenta o Colégio dos Jesuítas da Baía e com 15 anos ingressa na Ordem. De engenho precoce, aos dezoito já ensina retórica no Colégio de Olinda. Ordenado aos 27 anos, Três anos mais tarde, lecciona Teologia no Colégio de São Salvador.
Em 1641 surge-lhe a grande oportunidade que vai permitir-lhe tornar-se a grande figura da oratória sagrada e das letras portuguesas seiscentistas, ao ser designado para fazer parte da comitiva que vem prestar vassalagem da província do Brasil a D. João IV.
Conquista desde logo prestigio, tornando-se pregador e confessor régio, ministro sem pasta e em breve encarregado de espinhosas missões diplomáticas no estrangeiro, atinentes á consolidação da monarquia e ao regresso a Portugal dos ricos cristãos-novos, descendentes dos que haviam sido expulsos do Reino.
Parte dessas missões estavam desde logo condenadas ao fracasso, mas mesmo assim, Vieira, consegue em Roma, que os bens dos Judeus escapassem á confiscação do Santo Ofício.
Caiu por isso em desgraça perante a Inquisição, com que durante muitos anos trava uma luta, regressando ao Brasil em 1652.
No Maranhão, a sua luta pela conservação dos indígenas vai opô-lo aos colonos, até que estes conseguem a expulsão dos Jesuítas em 1661.
Após a morte de D. João IV, é de novo a Inquisição que o persegue. Vieira é acusado de herege e obrigado a reclusão no domicilio.
Recupera a liberdade com o advento de D. Pedro II.
No Verão de 1669, parte para Roma, onde vai acompanhar o seu processo e pedir a respectiva revisão. A sua presença é notada rapidamente. Prega perante a rainha Cristina da Suécia. Durante os 6 anos da sua estadia em Roma, ficaram celebres alguns dos seus sermões que pregou na Igreja de Santo António dos Portugueses.
Regressa a Portugal e começa a ordenar e organizar os seus sermões para publicação em 1679, trabalho que continuará no Brasil, no Colégio da Baía, onde se instala, após ter sido nomeado visitador da sua ordem.
São os últimos 16 anos duma vida longa e agitada.
Vieira foi o grande artífice da perfeição a que chegou a prosa clássica portuguesa. Ele é o expoente máximo do barroco, no seu melhor sentido, procurando conciliar a acção pragmática com o misticismo profético.
Como homem, está todo na coragem e na nobreza das suas atitudes, no seu sentido de justiça, na humanidade e na benevolência do trato com os indígenas, que lhe manifestavam respeito e veneração.
Nunca receou denunciar a corrupção, sendo as cartas escritas ao rei em 1654 um perfeito exemplo disso.
A par de outras que confirmam a sua estatura moral, é evidente, que para a compreensão de Vieira e da sua personalidade é indispensável enquadrá-lo no ambiente cultural da sociedade peninsular seiscentista e apreender-lhe as respectivas características.



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