BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Fernão Lopes, os seus comtemporâneos e os seus sucessores.
(Antonio Guerra)

Publicidade
Fernão Lopes nasceu entre 1380 e 1390. Em 1418 era guarda-mor da Torre do Tombo. Em 1454, foi aposentado do lugar. Em 1434, como recompensa dos seus serviços como cronista, recebeu uma tença anual pecuniária e o título de “vassalo de el-rei”`.
É esta a primeira referência ao cargo que ocupava já desde 1419 ou mesmo antes.
Chegaram aos nossos dias a “Crónica de El-Rei D. Pedro”, a “Crónica de El-Rei D. Fernando” e as partes primeira e segunda da “Crónica de El-Rei D. João”.
Pertencerão também a Fernão Lopes, as crónicas inacabadas dos reis de Portugal desde o governo do conde D. Henrique até D. Afonso IV, inclusive.
Fernão Lopes, é o cronista do primeiro rei da dinastia de Avis e dos acontecimentos que fizeram de D. João, mestre de Avis, rei de Portugal. Nas suas crónicas, declara que as escreve sem parcialidade pela terra em que nasceu, nem por aqueles a quem serve, e que o narra está tanto quanto possível autenticado pelo testemunho dos que directamente o viveram.
O cronista-mor conheceu os heróis da crise de 1333-1335 e viveu ainda a guerra com Castela que só terminou em 1411. Conheceu o Condestável D. Nuno Álvares Pereira, que admira, e o povo anónimo que se opôs ao rei de Castela, sagrou rei o Mestre e viveu o cerco de Lisboa.
Á isenção e á precisão históricas, junta a sua capacidade de compreender as crises politicas e sociais como alguma coisa que não é determinada apenas pelo príncipe ou pelo rei, mas que tem origem em movimentos sociais profundos. O seu herói é o povo como uma totalidade viva.
As qualidades de visão histórica e de estilo, que elevam Fernão Lopes para lá das dimensões dos cronistas medievais, distinguem-se também do seu sucessor no cargo.
Gomes Eanes de Zurara, cronista de D. Afonso V, envolve a sua prosa de grandiloquência estilística. Exagera também nos louvores ao seu senhor, tornando-se pouco fidedigno do ponto de vista histórico.
Escreveu a terceira parte da “Crónica de D. João I”, em que conta a tomada de Ceuta, e a “Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné”, sobre as primeiras viagens de descobrimentos marítimos. É autor ainda da “Crónica de D. Pedro de Meneses” e da “Crónica de D. Duarte de Meneses”. Morre em 1474.
O terceiro cronista do reino é Rui de Pina de 1440 a 1520. Escreveu as crónicas dos reis de Portugal de D. Sancho a D. Afonso IV e as Crónicas de D. Duarte, D. Afonso V e D. João II.
A última é a mais interessante, porque nela o cronista fala do que conheceu. Rui de Pina reproduz, porém, a visão que D. João II queria impor de si mesmo e a figura do rei que domina todo o trabalho histórico.
Contemporânea de Fernão Lopes é a “Crónica do Condestrabe Nuno Álvares Pereira”, composta cerca de 1433 e que virá a ser publicada em 1526, permanecendo o seu autor desconhecido.



Resumos Relacionados


- D. João I - Mestre De Avis

- João De Barros E Outros Historiadores Quinhentistas

- LÍngua E Literatura: Unidade 13.

- Os Primórdios Da Historiografia

- Humanisno (1434-1507)



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia