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Didática: Metodologias de ensino e estágio
(ANDRADE; Maria Antonia Ferreira)

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Didática: Metodologias de Ensino e Estágio

A didática tem como objeto de estudo o “Como ensinar” o conteúdo. De modo geral, associa-se à arrumação, logicidade, clareza, simplificação e costume, portanto, conota rigor, mas também limitação, bitolamento.
Constata-se que a delimitação da Didática constituiu a primeira tentativa que se conhece de agrupar os conhecimentos pedagógicos. Ela surge graças a ação de dois educadores, Ratíquio e Comênio, ambos provenientes da Europa Central, que atuaram em países nos quais se havia instalado a Reforma Protestante.
Comênio escreveu, entre outras obras a Didática Magna (1633), instituindo a nova disciplina como “arte de ensinar tudo a todos”. Acreditavam ter encontrado um método rápido e agradável. Na verdade a instrução popular é crucial para a reforma religiosa, e a busca de procedimentos que propiciassem rendimentos ao ensino torna-se importante.
A Metodologia de Ensino (Didática) é entendida como um conjunto de regras e normas prescritivas visando a orientação do ensino e do estudo. Como afirma Paiva, é um conjunto de normas metodológicas referentes a aula, seja na ordem das questões, do ritmo do desenvolvimento e seja, ainda, no próprio processo de ensino.
Didática é compreendida como um conjunto de regras, visando assegurar aos futuros professores as orientações necessárias ao trabalho docente.
O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos, utiliza intencionalmente um conjunto de ações, passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos métodos de ensino.
Entretanto, até que ponto a Didática contribui para que o processo ensino-aprendizagem seja eficiente e tenha significado na vida dos educandos?
Segundo Libâneo, o método é o caminho para atingir o objetivo. Na vida cotidiana estamos sempre perseguindo objetivos. Mas estes não se realizam por si mesmos, sendo necessário a nossa atuação. Os métodos são, assim, meios adequados para realizar objetivos.
Contudo, os métodos não tem vida independente dos objetivos e conteúdos. A escolha e organização dos métodos dependem dos conteúdos específicos e dos métodos peculiares de cada disciplina e métodos da sua assimilação.
A importância do estágio na vida do estudante é porque o mesmo possibilita a interação entre teoria e prática que são partes integrantes de um todo único e onilateral, e constituem-se na correta dinâmica humana na sociedade.
Para Veiga, o ato relacional teoria-prática é, assim, um ato que se supera continuamente em razão de o homem ser um constante produtor de novos fenômenos e novos objetos, que acabam incorporando no modo de ser da humanidade.
Assim, o enfoque da Didática, de acordo com os pressupostos da Pedagogia Crítica, é o de trabalhar no sentido de ir além dos métodos e técnicas, procurando associar escola-sociedade, teoria-prática, conteúdo-forma, técnico-político, ensino-pesquisa. Ela deve contribuir para ampliar a visão do professor quanto às perspectivas, didático-pedagógicas mais coerentes, com a nossa realidade educacional, ao analisar as contradições entre o que é realmente o cotidiano da aula e o ideário pedagógico calcado nos princípios da teoria liberal, arraigado, na prática dos professores.
A teoria é, portanto, um conhecimento que funciona como um “guia” para a ação. A pratica é a ação, a produção. E toda ação do homem transformando o real. Numa palavra, nada mais é do que a conexão recíproca entre teoria e prática, o conhecimento e ação entre o processo de abstração e o concreto real.
Enfim, o foco da Didática é o ensino. Revela uma intenção: a de produzir aprendizagem, é palavra-ação, palavra-ordem, palavra-prospectiva, palavra que revela um resultado desejado. Mas, depois de Piaget, não se pode mais entender o ensino como a simples apropriação de um conteúdo: uma informação, um conhecimento ou uma atitude, por exemplo. O ato assimilador, essência da aprendizagem legítima, corresponde ao ensino que merece esse nome, terá como subproduto (sub ou super?) alguma mobilização da inteligência redundando em progresso cognitivo, em capacidade ampliada para conhecer (ou aprender). É desse fenômeno que trata a Didática: do ensino que implica desenvolvimento, melhoria. E mais: não se limita ao bom ensino, ao avanço cognitivo intelectual, mas envolverá igualmente progresso na atividade, moralidade ou sociabilidade, por condições que são do desenvolvimento do humano integral.
A Didática como disciplina e campo de estudos parece acelerar o progresso no sentido de uma autoconsciência de sua identidade com a profissão. Consegui plenamente a autonomia, sem prejudicar suas fecundas relações com as disciplinas afins, é um projeto que, depende muito do esforço teórico e reflexivo, quanto de uma prática- experiência proporcionada pelo tempo de estágio.

REVISÃO DE LITERATURA:
VEIGA, Ilma de Alencastro (Org.). Didática: o ensino e suas relações. São Paulo: Ed. Papirus, 1997.
LIÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.



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