O Antigo Regime na França
(poeta caminha)
O Antigo Regime na França
O regime absolutista na França teve seu período de maior equilíbrio, autoridade e poder em meados do século XVII, com o rei Luís XIV. Todas as decisões provinham do monarca e eram consideradas reflexo da razão que tinha por finalidade a justiça.
Além da política, o monarca decidia os rumos da economia e da cultura do país. Por essas razões, a França pode ser considerada o melhor exemplo de nação absolutista fundamentada na teoria divina dos reis.
No século XVIII, os dois sucessores de Luís XIV não conseguiram comandar a França com o mesmo vigor deste, então o Estado entrou em uma crise, o que ocasionou a perda da legitimidade do poder absoluto e o desgaste nas estruturas sociais na França. A organização social era tripartite, remontava à Idade Média.
IDEOLOGIA TRIPARTITE – a ideologia tripartite é a divisão da sociedade em três estados: Clero, Nobreza e Camponeses, ditada pela Igreja como sendo de Providência Divina. O terceiro estado não tinha liberdade para participar das decisões políticas e era responsável pelo pagamento de impostos ao Estado.
No final do século XVIII a França tinha uma organização social que remontava à época feudal, porém na economia já estavam ocorrendo transformações significativas. Apesar das relações econômicas serem praticamente agrícolas na França, via-se a exploração lucrativa de terras, com investimentos capitalistas. Com isso vários negociantes tornaram-se nobres com a compra de títulos. Nessa época começou a individualização de propriedade.
Naquele momento a França vivia uma grave depressão econômica e acentuada crise financeira. A condição de vida dos indivíduos piorou devido à escassez de cereais por causa das más colheitas do final do século XVIII, o que fez aumentar cada vez mais o preço dos alimentos. A fome fez inúmeras vítimas.
A solução vislumbrada pelos cinco ministros das finanças de Luís XVI era o aumento das receitas. Como era impossível aumentar a carga de impostos para o terceiro estado, eles decidiram propor o cancelamento de alguns direitos senhoriais e estender ao primeiro e segundo estados, o pagamento de impostos. Além disso, conter gastos na Corte e acabar com a carga tributária sobre produtos. É claro que o Clero e a Nobreza não aceitaram.
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