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A Revolução e a construção do poder legislativo
(poeta caminha)

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Muitas manifestações atordoavam o governo de Luís XVI. As principais reclamações eram a condição de vida dos franceses e as queixas sobre os impostos exorbitantes.
Montou-se a Assembléia e as questões políticas se evidenciaram: o terceiro estado queria voto por deputado, pois tinha a chance de ganhar e o Clero e a Nobreza queriam o voto por ordem.
Devido às pressões dos deputados do terceiro estado, Luís XVI decidiu dissolver a Assembléia. O terceiro estado rebelou-se. Nesse ambiente conturbado, dois acontecimentos decisivos: Tomada da Bastilha – movimento urbano em Paris – e o Grande Medo – movimento rural.
A Tomada da Bastilha envolveu menos de mil pessoas, mas contribui para a radicalização da revolução. O Grande Medo envolveu a insatisfação dos camponeses que iniciaram agitações em várias províncias.
As reações urbanas e rurais preocuparam tanto a nobreza quanto a alta burguesia. Seus representantes na Assembléia, devido à pressão, decidiram abolir alguns direitos feudais e senhoriais: dízimos eclesiásticos, privilegio de ministrar a justiça por parte da nobreza, privilégio de nobres sobre as cidades e a venda de cargos públicos.
As reformas estavam transformando o estado absolutista, mas ainda não era o bastante...
Sob a liderança dos Girondinos, a Assembléia deu curso às reformas no campo jurídico, político e social. Em agosto de 1789, foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Com a Declaração, o sangue e a cultura deixaram de ser privilégio, tornando todas as pessoas iguais perante a lei.
A Declaração passou a representar a síntese do pensamento iluminista burguês. Nela defendeu-se a liberdade e a igualdade e prevaleceu a igualdade jurídica, porém a desigualdade social continuou existindo.
O rei passou a dividir o poder com a Assembléia Nacional. O gosto pela política crescia e a imprensa participava cada vez mais dos acontecimentos. A nobreza e o alto clero exilavam-se no estrangeiro e os reis absolutistas conspiravam contra a revolução.
As finanças da França continuavam em crise. Para sanar o déficit, a Assembléia, sob a liderança dos Girondinos, decidiu desapropriar os bens da Igreja, colocando-os à venda. Bens que acabaram chegando às mãos da burguesia. Propriedades menores ficaram para camponeses pobres.
A Assembléia votou a Constituição Civil do Clero que separou a Igreja do Estado, tornando clérigos, assalariados, que deviam obediência ao Estado. A burguesia se mostrava na liderança.
Para desestruturar as relações de poder administrativo feudal, sob liderança da nobreza, a Assembléia Nacional aprovou a descentralização administrativa em toda a França: o país foi dividido em 88 departamentos.
Luís e a Corte, insatisfeitos, tentavam manter o poder. Estes se aproximavam de exércitos estrangeiros (Áustria e Prússia) para uma tentativa de restabelecer o absolutismo.
Na Assembléia, os esquerdistas – pequena e média burguesia – e os direitistas – clérigos e nobres – definiriam o que hoje conhecemos como partidos de direita e de esquerda.
Apesar da força do movimento, a Revolução se limitava a Paris. Os departamentos então, desenvolveram o movimento federativo, o qual propunha a criação de uma guarda nacional que defendia as mudanças populares contra o conservadorismo.
A falta de alimentos ainda era um problema na França. Mulheres parisienses organizaram um manifesto para que o rei tomasse uma atitude para solucionar o desabastecimento de alimentos. Este movimento fez com que o rei viesse morar em Paris, mas logo ele fugiu. Esta tentativa de fuga deu novos rumos à revolução, pois dentre os revolucionários, a consciência de um futuro republicano passou a ser vislumbrada.
Dentro da Assembléia começaram a surgir facções políticas bem definidas devido às diferenças político – ideológicas.
A constituição passou bem longe dos interesses dos menos favorecidos. Isso provocou a criação de sociedades secretas.
Em toda a Europa repercutiam os acontecimentos da França e era cada vez mais claro o perigo iminente de uma guerra entre a França e os países absolutistas que temiam a expansão do movimento.
Um manifesto em nome da Prússia e da Áustria foi mandado ao rei da França, o que causou o acirramento dos ânimos do povo. A Câmara Municipal de Paris foi substituída pela Comuna de Paris que aprisionou o rei e estabeleceu o sufrágio universal. Devido à pressões populares, a Assembléia tomou uma atitude mais radical: votou pela suspensão do rei e uma revisão da constituição. Em agosto de 1792, Luís foi destituído e a República proclamada.
Diante desses fatos, a pressão externa não mais se conteve. As tropas estrangeiras invadiram a França e a Comuna mobilizou-se em defesa do país. Sob o comando de um jovem militar chamado Napoleão Bonaparte, a França conseguiu algumas vitórias e conquistou alguns territórios.



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