BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Pequena biografia de Lampião, rei do cangaço
(Uol.educação.com)

Publicidade
O terceiro filho do pequeno fazendeiro José Ferreira da Silva e de sua mulher Maria Lopes, nasceu em 07/07/1897 e recebeu o nome de Virgulino Ferreira da Silva, nome que iria inscrevê-lo a ferro e fogo na história do Nordeste e do Brasil. Teve infância e adolescência comuns a todos os meninos de uma baixa classe média sertaneja: aprendeu a ler e a escrever, mas logo foi ajudar o pai, pastoreando o gado.
Freqüentava as feiras das cidades próximas às terras da família, onde ouvia os violeiros e os poetas de cordel narrarem as aventuras dos cangaceiros, que povoavam o imaginário popular nordestino, sendo simultaneamente heróis e bandidos.
Uma rixa entre famílias acerca dos limites das propriedades envolveu a família de José Ferreira da Silva com seu vizinho José Saturnino. Além de alguns tiroteios, o conflito terminou com a decisão de um coronel local em favor de Saturnino.
Revoltados, Virgulino e dois irmãos juntaram-se ao bando do cangaceiro Sinhô Pereira, em busca de vingança. Corria o ano de 1920 e - devido a sua capacidade de disparar consecutivamente, iluminando a noite - Virgulino ganhou o apelido de Lampião. Possivelmente em função disso, a polícia cercou o sítio da família e matou seu pai a tiros. Isso fez com que: Lampião e os dois irmãos entrassem definitivamente para o cangaço.
Quando Sinhô Pereira abandonou o cangaço, Lampião assumiu a liderança do bando que praticou ações de banditismo nos quatro anos seguintes, atuando nos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Em 1926, refugiou-se no Ceará e recebeu uma intimação do padre Cícero. Compareceu a sua presença, recebeu um sermão por seus crimes e  a proposta de combater a Coluna Prestes que, naquela época, se encontrava pelo Nordeste.
Em troca, Lampião receberia anistia e a patente de capitão dos Batalhões Patrióticos, como se chamavam as tropas recrutadas para combater os revolucionários. O capitão Virgulino e seu bando partiram à caça de Prestes, mas ao chegar a Pernambuco, foi perseguido pela polícia e descobriu que nem a anistia nem a patente tinham valor oficial. Voltou, então, ao banditismo.
Em 1927, encorajado pela própria fama, tentou invadir uma cidade maior do que as habituais: Mossoró, no Rio Grande do Norte. A população, porém, se uniu e rechaçou os cangaceiros. No ano seguinte, Lampião incluiu a Bahia nos locais onde praticava seus crimes.
Em fins de 1930 ou começo de 1931, escondido na fazenda de um coiteiro (aquele que acolhia os cangaceiros), conheceu Maria Déia Nenén,  mulher de um sapateiro, que se apaixonou por ele e com ele fugiu. Ingressando no bando, a mulher de Lampião ficou conhecida como Maria Bonita e, a partir daí, várias outras mulheres se integraram ao grupo.
Talvez pela ambigüidade da vida dos cangaceiros, que às vezes atuavam como justiceiros, auxiliando os pobres, ou por contarem com o auxílio de coronéis a quem prestavam serviços, ajudados ainda pela incompetência das autoridades locais e pelo descaso do Governo federal, a vida de crimes do bando de Lampião prosseguiu por mais seis anos.
No dia 28/07/1938, o bando foi cercado na fazenda de Angicos,  atual município de Poço Redondo, em Sergipe, onde estavam acampados. Foram pegos de surpresa e muitos não conseguiram escapar. Entre eles Lampião e Maria Bonita. Os cangaceiros foram decapitados e suas cabeças ficaram expostas no Museu Nina Rodrigues, em Salvador, até 1968.



Resumos Relacionados


- Cangaceiro Idolatrado

- 15 Curiosidades Do Cangaço

- Lampião E O Cangaço

- A CabeÇa Do Rei

- Notaveis Cangaceiros



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia