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O ciclo vital da família
(A. Relvas)

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  A família caracteriza-se por ser um ser uno e particular e um sistema em mudança, o qual se vai modificando porque se vai adaptando à realidade e ao tempo. A família é um todo, uma globalidade, em que o todo é mais do que a soma das suas partes. A família é um sistema que integra subsistemas (individual, parental, conjugal e fraternal), mas também está inserida em sistemas mais vastos (comunidade, sociedade). O seu grau de abertura é variável conforme a sua organização, pois a família possui um dinamismo próprio e uma capacidade auto-organizativa que lhe conferem individualidade e autonomia.
    Sendo a família concebida como um sistema, à semelhança de um organismo vivo, esta passa por um processo de desenvolvimento, o qual engloba a diferenciação estrutural (mudanças na organização relacional) e a co-evolução (transformações relacionadas com a interacção e a comunicação). 
    O ciclo vital da família é um sequência previsível das transformações na organização familiar, ou seja, é a evolução histórica da família, a qual implica as mudanças que ocorrem e tem a ver com o desenvolvimento dos indivíduos na família.
    A família desempenha dois tipos de funções durante o seu ciclo vital: função interna (desenvolvimento e protecção dos seus membros) e função externa (socialização, adequação e transmissão de determinada cultura). Ao mesmo tempo, tem também que resolver com sucesso duas tarefas básicas: a criação de um sentimento de pertença ao grupo e a individualizalção/autonomização dos seus membros.
    
    O ciclo vital da família processa-se através de estádios, diferenciando fases ou etapas, no que alguns autores designam por "carreira familiar", a qual se desenvolve a dois níveis: indivíduo/grupo familiar e família/meio sócio-cultural. 
    Hill e Rodgers assinalam três critérios para delimitar os estádios do ciclo vital da família:
1.alteração no número de elementos que a compõem;
2. alterações etárias;
3. alterações no estatuto ocupacional dos elementos que sustentam a família.
    
    Na abordagem da família, o tempo surge associado às tarefas do desenvolvimento da mesma, não sendo um tempo especificamente cronológico, mas sim um tempo processual, o qual se expressa no ritmo dos dias e das fases por que cada família vai passando.
    Na articulação do espaço/tempo familiar destacam-se dois eixos:
1. eixo sincrónico (do espaço familiar, eminentemente relacional), no qual se encontram em equilíbrio a individualização e a socialização dos membros da família. Revela-se nas relações entre os elementos e nos modos de comunicação por eles privilegiados.
2. eixo diacrónico (do tempo familiar, eminentemente histórico), no qual surge como fundamental o desenvolvimento da família. Observa-se na história da família, no desenrolar do seu dia-a-dia e no seu ciclo vital.
    Em cada um destes eixos a família apresenta movimentos de abertura e fecho que possibilitam um equilíbrio dinâmico. À medida que o tempo vai passando, as relações vão-se organizando diferentemente. Por exemplo, o jovem casal, que criou o seu modelo de relacionamento, vai sentir necessidade de o alterar (mudança nos aspectos do eixo sincrónico) quando os filhos nascem (nova fase do ciclo vital, avanço no eixo diacrónico).



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