BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Epilepsia
(HOCKENBERRY; ; MAIA; Olga)

Publicidade
DEFINIÇÃO
Epilepsia é uma perturbação espontânea e paroxística da função cerebral, ocasionada por uma descarga ao nível do sistema nervoso central, descarga essa que mostra tendência a repetir-se e a acompanhar-se de manifestações da consciência, da sensopercepção e do comportamento. Essas descargas neuronais espontâneas e anômalas são classificadas de crises epilépticas.

PRINCIPAIS FORMAS CLÍNICAS DA EPILEPSIA
As crises epilépticas classificam-se em parciais ou generalizadas.

Parciais: entende-se as manifestações clínicas e electroencefalográficas que respondem à activação de uma área cerebral determinada (com início focal e localizada), podendo ser crises frontais, parientais, temporais ou occipitais. As crises parciais podem ser simples ou complexas
• Crise parcial simples - Caracteriza-se pelo facto do sujeito permanecer consciente durante a crise e manifesta-se por sintomas motores, sensoriais ou perceptivos anormais. As mais frequentes são as motoras, que podem manifestar-se como abalos musculares das mãos, pés ou cara. Estas crises podem progredir para todo um lado do corpo e seguir-se de uma crise tónico-clónica (grande mal).
Crise parcial complexa - associada a uma alteração da consciência com uma desconexão com o meio, mas sem perda da consciência. O aviso pode ser uma sensação de sonho, de medo, opressão no estômago que sobe para a garganta ou alucinações (ouvir sons, sentir cheiros e gostos estranhos). A estas sensações seguem-se perdas de contacto com o meio ambiente, aumento da salivação, movimentos automáticos de mastigação, de marcha e/ou movimentos com as mãos, com amnésia posterior ao episódio. Estas crises podem ser seguidas de crises tônico-clônicas.

Epilepsia temporal (forma psicomotora em «estado crepuscular») - entende-se por crepuscular um estreitamento do campo da consciência, com limitação da atenção a um sector ou círculo de idéias e pensamentos desligados da experiência do sujeito. Actua, sobretudo, no lobo temporal e a sintomatologia clínica dessas crises é múltipla e variada, dada a grande complexidade de funções do lobo temporal. Sendo as principais funções do lobo temporal: as funções sensoriais; afectivas; viscerais; endócrinas; da percepção verbal; mnésicas; ideativas; motoras e psicomotoras. Algumas manifestações epileptiformes de origem temporal expressam-se por sintomatologias bizarras, suceptíveis de confundirem-se com outras manifestações psiquiátricas, como é o caso de sintomas do tipo alucinatório (olfactivo, gustativo, etc), percepções deformadas da realidade, oscilações de ânimo, (agressividade, apatia), fenômenos de «déjà vu», memória panorâmica entre outras. As crises podem manifestar-se ainda por sensação de desconforto abdominal, náuseas, vómitos, sensação de medo e raiva. Em seguida há perda de consciência, olhar parado e vago a que se associam automatismos (movimentos de mastigação, manipulação de objectos ou peças de vestuário sem sentido). A duração de um estado crepuscular é variável não passando, habitualmente, de duas horas, mas em alguns casos pode durar até dias. Estes doentes podem revelar certa agressividade, susceptível de ser despoletada por um estímulo externo.

Grande percentagem das crises parciais sofre uma generalização secundária.

Crises generalizadas: as manifestações clínicas respondem a activação de ambos hemisférios cerebrais. Essas crises podem conter movimentos convulsivos associados ou não.
• Crises Tónico-clónicas (grande mal): correspondem a convulsões generalizadas, em que há perda brusca da consciência, queda do sujeito e aparecimento de rigidez muscular, acompanhada de paragem respiratória, dilatação pupilar, aceleração do ritmo cardíaco, subida da tensão arterial e aumento da pressão vesical. Após a fase tónica, que dura, em regra, um minuto, segue-se a fase clónica com sacudidelas musculares ao nível dos membros e face, essas sacudidelas vão diminuindo de frequência até a sua extinção. Após essa fase, que dura cerca de dois minutos, o sujeito entra numa fase de relaxamento muscular e sono profundo de duração variável, ao despertar é comum a queixa de dores de cabeça e amnésia do sucedido.
• Crises Tónicas: são classificadas pela perda da consciência, queda ao solo, corpo endurecido, respiração irregular, aumento da salivação e coloração arroxeada.
• Crises Mioclonicas: são contracções musculares involuntárias e desordenadas que atingem grupos musculares e podem afectar o equilíbrio, a marcha e os músculos da fala. O sujeito pode não perder a consciência, mas assiste impotente às sacudidas musculares.
• Crises de ausência (pequeno mal): correspondem a perturbações caracterizadas por interrupções breves da consciência em que não há pouca ou nenhuma participação motora. A criança pára subitamente o que estava a fazer, fica com o olhar vago, parado, podendo apresentar pestanejo, aumento ou perda de tónus, movimentos automáticos de +- 10 segundos e passados alguns segundos retoma a sua actividade. As crises iniciam-se sem qualquer aviso prévio e terminam também sem outras manifestações. Aparecem entro os 3 e 15 anos com incidência entre os 6-8 anos. O prognóstico é favorável.



Resumos Relacionados


- Anatomia Da Epilepsia-cont.

- Eplepsia

- Epilepsia - Os Neurônios Dão Informações Desordenadas

- Convulsão Febril

- O Que SÃo Enxaquecas ?



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia