Resumo de Tropa de Elite 2 -

Tropa de Elite 2 (O Inimigo Agora É Outro) - Gênero: Ação - Lançamento: Brail: 2010 -
Com Wagner Moura que interpreta Roberto Nascimento, agora Tenente-Coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro e Subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Irandhir Santos, André Ramiro, Maria Ribeiro, Sandro Rocha e um gane elenco.
Após dois fins de semana de exibição, Tropa de Elite 2 é o filme brasileiro mais assistido em 2010, com 4,14 milhões de espectadores, informou a assessoria de imprensa do filme.

Tropa de Elite 2 superou os filmes espíritas Nosso Lar e Chico Xavier, segundo e terceiro colocados na lista deste ano, com 3,840 milhões e 3,412 milhões de espectadores, respectivamente. "O sucesso do filme contribui para o processo de amadurecimento do mercado brasileiro em todos os seus segmentos, quebrando paradigmas importantes na nossa indústria", disse em nota o presidente da Rede Cinemark, Marcelo Bertini. "É muito bom ver um filme nacional conquistando o status de um blockbuster", acrescentou ele.

Em Tropa de Elite 2, o ator Wagner Moura retoma o personagem capitão Nascimento, também dirigido por José Padilha. Nascimento, dez anos mais velho, passa a ser comandante do Bope e depois sub-secretário de Inteligência do Rio de Janeiro. Ele enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o filho adolescente. Nesse confronto do pessoal e o profissional de Nascimento, o resultado é explosivo.

As cenas de ação em Tropa de Elite 2, parecem mais cruéis que no filme '1'. A corrupção da polícia se mosta mais claramente. E ao mesmo tempo que o espectador quer rir, fica estupefato. É o caso da cena da morte do chefe da ADA na rebelião em Bangu I, no início do filme. Só para esclarecer, em 2002, o líder do ADA foi realmente morto em Bangu I por Fernandinho Beira-Mar.

O surgimento das milícias na cidade do Rio de Janeiro é apresentada no filme, sob uma nova ótica, com diversas "coincidências" com fatos reais. O ocorrido com a jornalista no filme, por exemplo, foi inspirado no triste episódio que aconteceu com jornalistas do Jornal "O Dia", em 2008.

Além disso, há personagens muito semelhantes a figuras conhecidas da população carioca. O personagem Fraga, por exemplo, é inspirado no deputado Marcelo Freixo do PSOL, militante dos direitos humanos e professor, foi ele que presidiu a CPI que culminou na prisão de diversos milicianos, que só foi aberta em 2008 após a tortura dos jornalistas d'O Dia.

É um filme inteligente e perturbador, com doses de humor, na medida e nas horas certas. É cinema nacional e de grande qualidade. Pode-se dizer que o filme é um retrato político e social do Brasil, não apenas da cidade ou estado do Rio de Janeiro, mas da política como um todo em nosso país. E também um quadro triste da polícia brasileira, que em alguns casos dá apenas a falsa sensação de proteção, quando na verdade, está fazendo o contrário.

A atuação de Wagner Moura está impecável. E o roteiro de José Padilha e Bráulio Mantovani ótimo. O filme é realmente muito bom para quem gosta do gênero. O melhor do cinema nacional, sem dúvida. com excelentes atuações e fotografia. Não deixa nada devendo a filme estrangeiro. O filme deixa espaço para reflexões sobre quem é vilão nessa história: se são os milicianos, a polícia corrupta, os políticos, a mídia, a população que aceita tudo ou todos os eleitores que não valorizam o seu voto... Quem...?

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