Vocação: Professor!
(Barros de Oliveira)
Segundo Barros de Oliveira (1999), são vários [i]os factores que levam as pessoas a enveredar por uma profissão de ensino. Os mais clássicos relacionam-se com as tradições de família e com as memórias de uma infância feliz. Segundo o autor, a escolha da profissão docente manifesta-se mais precocemente nas raparigas. Mas para além destes factores clássicos, há uma imensidão de autores que se dedica ao estudo dos factores inconscientes que levam as pessoas a escolher uma profissão no ensino. Assim, Mauco (1977) aponta que na base da escolha da profissão docente encontram-se muitas vezes desejos inconscientes como:
- O desejo de continuar no mundo da infância e fugir à realidade adulta;
- O desejo de uma afirmação mais fácil de si mesmo;
- O desejo de desempenhar uma função de “Pai”.
Também Gilbert (1976) se dedica ao estudo da mesma temática e aponta que a profissão docente atrai frequentemente pessoas com predisposição para a neurose.
Para Postic (1984) com o mesmo tipo de estudos aponta que muitas vezes alguns professores escolhem esta profissão com base numa necessidade de reviver a sua infância.
Como é óbvio, estes são estudos que apontam uma perspectiva negativa e demasiado psicanalítica sobre os factores inconscientes e profundos que levam as pessoas a escolher a profissão docente.
Para uma leitura aprofundada veja:
Barros de Oliveira, J. H. & Barros de Oliveira, A. M. (1999). Psicologia da educação escolar: Professor – ensino. Coimbra: Livraria Almedina.
Feldman, R. (2001). Compreender a Psicologia. Lisboa: Mc Graw Hill.
Sprinthall, A. & Sprinthall, R. (2001). Psicologia Educacional. Uma abordagem desenvolvimentista. Lisboa: McGraw-Hill
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