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Viagem ao Paraguay - Parte3
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Logo um “carro”de transporte a Foz apareceu. O tal carro passou, parou e imediatamente identificou como passageiros,as pessoas que rodeavam o tal salão como passageiros-muambeiros para Foz. Era uma Corcel II muito velho, “caindo aos pedaços”, vermelho e empoeirado da terra da região. Ele pegou 4 pessoas, dentre elas, cobrando R$10, dez reais de cada um; entrou também uma mulher que era conhecida mas que não fazia parte diretamente de nosso grupo e neste pequeno trajeto eu ouvi dela mais uma história: Ela era uma “laranja” - uma muambeira da região que apenas passava mercadorias da cidade de Ciudad Del Leste para Foz através da ponte, trazendo apenas numa sacola ou mochila para outra pessoa. Geralmente ela o fazia acompanhada de seu filho, segurando-o pela mão com uma mochila escolar, assim ela achava que a Polícia Federal não desconfiava tanto e muitas vezes ela passava despercebida. (será?). Ela trabalhava para outro “patrão” e na maioria das vezes trazia Notebooks. Puxa vida...
Então ela contou que a um mês atrás, quando já tinha saído de Foz e carregava em sua mochila 2 Notebooks ; acompanhada também de seu tal filho de 10 anos, um policial civil abordou ela já atrás do ponto de ônibus onde ela tentava se esconder. Eles eram em dois, ordenaram que eles entrassem no carro e os levaram até uma estrada vicinal no meio do milharal. Queriam dinheiro. “Me de dinheiro, dinheiro, dinheiro, senão eu te levo presa porque sabemos que você tem muamba na mochila”. Arrancaram tudo o que ela tinha na carteira e pegaram dela um notebook. ... E a deixaram longe naquela estrada a noite, sozinha com a criança.
Neste momento comecei a perceber como era a Policia Civil no local. A Maioria era corrupta e vil. Ponto. Sem chance. Percebi que estar sozinha naquele lugar era perigoso.Chegamos em Foz, em um estacionamento perto a Ponte da Amizade (que divide o Brasil do Paraguay). Neste local o carro nos deixou e adentramos o estacionamento que era um outro local de recepção e saída de mercadorias contrabandeadas do Paraguay. A diferença deste local era que este receptava as Caixas trazidas por outros carros velhos (desta vez peruas-kombi) que traziam as mercadorias que eram passadas através de barco a noite pelo rio.
Neste local dentro do estacionamento eles construíram vários “quartinhos” de bloco bem rústicos com chão de cimento , que eram mini depósitos. Cada um tinha chave e eram numerados como quartos de um hotel. Dentro de um deles que era considerado um quarto “VIP” havia uma cama e um colchão. (haaa... este também tinha uma lâmpada). Esse quarto estava era reservado para Tia Isaura quando ela vinha. De início não compreendi para que aquele quarto e quanto tempo eu ia passar ali.... Guardamos lá nossas mochilas e roupas pessoais.
Caminhamos até a ponte da amizade. Chegando bem perto existe uma longa fila de motoqueiros alinhados e prontos para pegar os passageiros. Eles fazem um serviço de Moto-taxi para quem deseja atravessar a ponte sem caminhar que tem uma extensão de quase 2 km. Você sobe na garupa rápido. O motoqueiro se esgueira por entre finas guias e carros e te leva na cidade cobrando R$3,00 reais.



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