Resumo de Viagem ao Paraguay

Turistas estrangeiros de todas as partes do mundo visitam as cataratas. É um monumento da natureza! Algo fenomenal de tão belo. Conheci alguns canadenses e fizemos a trilha tirando fotos juntos.
Depois fui ao Parque das Aves. Amei conhecer espécies de aves e bichos que nunca havia visto na vida vivendo em um ambiente muito adequado. As araras e papagaios me encantaram.
Sai de lá com as energias renovadas. De volta a aquele terrível estacionamento, mais uma noite de espera. No inicio da noite as caixas da tia chegaram. Então eu comecei a ajudá-la a desmontar as caixas e transformar as caixas grandes em caixas menores.
Um casal que possuía carros velhos de transporte apareceu para negociar com a tia o preço do frete dali para o outro estacionamento. Eles queriam R$180,00 por viagem. A tia desistiu de ir com eles e chamou um rapaz chamado Edmilson para transportar suas caixas em seu Fiat 147. Quando eu vi o carro não achei que ele andasse.
Pois não é que ele fez 6 viagens de caixas até o próximo estacionamento?
Creia ou não, eu fui na ultima viagem, quando o dia já era claro. O tanque de gasolina do carro era um galão que ficava na frente no lado e aos pés do passageiro na lateral. O problema é que para ele poder ligar o carro ele tinha que sair e ir dentro do motor com uma chave de fenda e dar a partida fazendo o motor pegar com uma FAISCA! E se aquilo explodisse?
O carro foi. Eu fui junto com tia para o próximo estacionamento.
Chegando lá, que decepção. Nosso ônibus original já tinha partido com os passageiros que haviam recebido suas mercadorias no dia anterior.! Fomos deixadas para trás sem nenhum escrúpulo. Como antes do início da viagem a tia já havia me avisado que esse tipo de viagem poderiam ocorrer muitos imprevistos e atrasos devido principalmente as fiscalizações eu tentei me conformar com a situação.

Estar neste novo lugar foi um ganho considerável em melhorias comparadas ao quartinho VIP. Tínhamos que dormir ainda em colchões, mas desta vez em um lugar mais limpo e podíamos usar a cozinha e o banheiro de Jan. O banheiro eu tratei de limpar do próximo dia a minha chegava, pois não agüentava as condições do lugar. Neste lugar também havia um homem negro que era motorista de ônibus e aguardava a oportunidade de obter um frete, um serviço de ônibus dali para São Paulo. Quando nos conhecemos ele grudou em mim feito “cliclete” e me perseguia onde eu fosse, querendo ajudar a todo instante e eu me esquivava dele a todo instante.Argh! Neste momento então eu não estava mais na cidade de Foz do Iguaçu. Procurei nos arredores coisas para fazer ou conhecer, mas ainda assim estávamos presas lá. Fui ao terminal rodoviário da cidade procurar uma maneira alternativa de sair dali. Todos me colocavam medo. Diziam que seu pegasse uma linha de ônibus convencional eu também iria correr muitos riscos saindo da rota que eles faziam para fugir da fiscalização na viagem de retorno. Eu estava tão impaciente e não havia opções que me trouxessem soluções. Eu tinha que esperar e de certa forma levar em consideração que eu era a companheira de viagem da “tia Isaura” que me ajudou e me protegeu em toda a viagem me indicando os caminhos certos e eu não poderia a esta altura deixá-la sozinha. Vim com ela... vou voltar com ela. Ela faz isso a 18 anos e sabe o que está fazendo. Vai você sair desse “esquema” todo montado aqui e ver se você vai saber se virar sozinha com um policial federal, um civil ou um ladrão lá fora. Então fiquei. Pacientemente esperamos mais dois dias inteiros. Um novo ônibus chegou de SPaulo e voltaria no dia seguinte. Ave! A tia tratou um novo preço de frete caríssimo com o novo guia. R$70,00 reais por caixa. Minha pequena porção de coisas compradas eu já tinha comigo em uma pequena mochila de mão, pois a poderosa mala com rodinhas que eu havia levado era muito “bandeirosa”e ineficaz.
(continua na parte7)

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