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O Evangelho Segundo Jesus Cristo
(José Saramago)

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Muito antes de  Dan Brown utilizar a idéia de um Jesus Cristo terreno para criar o produto de consumo por todos conhecido, José Saramago, o escritor portugués laureado com o Premio Nobel de Literatura, havia  incursionado na Judéia e na Galiléia do século I para oferecer uma versão conjetural dos episódios básicos do cristianismo. Saramago se confessa ateu, porém como a todos os ateus, o fenómeno religioso e a capacidade de crer, o fascina. Foi por isso que escreveu este evangelho para os que não creem, talvez porque Jesus tampouco cría muito naquilo que lhe estava ocorrendo, ou como aponta Nikos Kazantzakis em “A última tentação de Cristo”: porque a cruz que teve que suportar durante sua vida foi infinitamente mais pesada que aquela que carregou na Vía Crucis. Porque me elegeste, porque estou aqui? Para encarar esta novela, Saramago escolheu  um Jesus carnal, um Jesus que compartilha a realidade cotidiana com os personagens que o rodearam em vida, ou seres muito parecidos a estes. Um Jesus carente de mistificações e tão forte quanto qualquer fraco. Não era acaso um homem que caiu na Terra? Que sofrimento real teria tido que suportar Jesus se houvesse sido mesmo Deus, onipotente e todo poderoso? Os fatos  do evangelho de Saramago são os mesmos e são outros. José, o pai, era um carpinteiro que foi crucificado aos trinta e três anos. María de Magdala uma grande mulher que além de amor lhe oferece maturidade e moderação, virtudes que parecem não ser abundantes no Jesus do escritor portugués. Judas Iscariotes, como em tantas outras interpretações das figuras apostólicas, é um rebelde e não um traidor, mas sim um operador de desígnios inescrutáveis com caráter perverso e desonesto disposto a se beneficiar de alguns trocados. María, a mãe, enfim, é uma figura que se apaga à medida que o filho avança para seu destino. Se os livros devem ser medidos pela distancia que existe entre o que se propuseram mostrar e o que realmente conseguiram, corresponde a este “Evangelho Segundo Jesus Cristo” um lugar privilegiado na historia da literatura. Saramago nos propôs um Jesus de carne e um Jesus de carne recebemos. Talvez seja adequado contestar a forma, essas peculiaridades da pontuação que, da minha perspectiva, não agregam nada e obrigam, em troca, um esforço adicional por parte do leitor. Porém se trata de uma objeção menor e se pode perfeitamente ignorar em função do resultado final. Sergio Gaut Vel Hartman 
 



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