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Incentivos FISCAIS
(Revista Veja - Edição especial)

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Guia de Incentivos Fiscais (Veja) – 1971
A meta dos Incentivos Fiscais é o aporte de capitais para determinadas áreas com a finalidade de eliminar gradativamente as disparidades de desenvolvimento entre regiões e setores do país. O destino dos recursos arrecadados é para implantar indústrias em áreas subdesenvolvidas produzindo distribuição de riquezas em todas as regiões conforme suas potencialidades. Atividades como a pesca, o turismo, o reflorestamento, os centros industriais do Nordeste, da Amazônia e do norte de Minas Gerais, construção de casas populares, a abertura de capital das empresas, entre outros empreendimentos tiveram apoio nos Incentivos Fiscais para a dinamização dos trabalhos necessários a sua implantação. Os recursos captados foram direcionados para atender os serviços públicos, construção de novas estradas para interligar grandes distâncias, construção de hidrelétricas, abertura da Transamazônica, na ocupação e transformação de grandes espaços vazios, etc. Isso foi possível graças à equipe que se propôs “vender” ao grande público o Imposto de Renda que foi parcialmente devolvido ao contribuinte transformado em investidor.
Projetos implantados a partir de 1966 com recursos captados pelos Incentivos Fiscais:

1- SUDENE surgiu em 1959 do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste que havia sido criado em 1956. O quadro que a SUDENE enfrentava se resumia a uma estrutura agrária indecifrável, onde era necessário descobrir soluções que permitissem uma industrialização racional. Nos primeiros anos a SUDENE construiu. Havia o desafio de eliminar a pobreza e a ignorância diante do quadro desolador de uma agricultura e pecuária sofrendo as consequências de séculos de abandono. Para o então superintendente da SUDENE, Gal. Evandro de Souza Lima, os Incentivos Fiscais foram o meio de “promover o homem nordestino, fator da produção e geração das riquezas, protagonista máximo de um processo que se quer profundamente humano.” Modelar uma nova mentalidade, pois cada projeto em execução exige novas posturas intelectuais e profissionais. A adequação profissional do indivíduo às exigências das novas tarefas antes desconhecidas, gera uma nova ordem das coisas em todos os setores. Quase 24 mil nordestinos (Pernambuco, Maranhão, Ceará e Bahia) se matricularam em cursos de madureza ginasial ou participaram de aulas nos 234 telepostos instalados na região. Novos métodos de exploração da terra, da pecuária foram introduzidos. Até 1968 houve quatro planos. O IVº. Plano Diretor de 1968 estabeleceu novos critérios com prioridades. Pela lei nº. 5.508 foram criadas 5 faixas de prioridades para a utilização dos Incentivos Fiscais, ou seja, dos recursos do Imposto de Renda depositados por contribuintes (só empresas) de todo o país. O afluxo de recursos privados para o Nordeste entre 1967 (61,4%) e 1968 (53,7%) foi significativo, permitindo viabilizar inúmeros projetos. Em 1971 foram aprovados 160 projetos,   108 na agropecuária e 52 na indústria, com um investimento global aproximado de 2,6 bilhões de cruzeiros. Todos os Estados Nordestinos foram beneficiados com os Incentivos Fiscais: Bahia (32,6%), Pernambuco (14,8%), Ceará (14,4%) e Paraíba (11,4%) foram os que mais receberam seguidos pelo Piauí (8,5%), Minas Gerais (8,0%), Maranhão (5,8%); os que menos receberam foram: Rio Grande do Norte (2,2%), Alagoas (1,6%) e Sergipe (0,7%).
2- SUDAM –A lei 5.173 de 27/10/1966 extinguiu a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia e criou a SUDAM,   autarquia com personalidade jurídica e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério do Interior, sede em Belém (PA), abrangendo os Estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia e Amapá, área de 60% do país. O objetivo era integrar a região no desenvolvimento nacional. Recebeu legislação especial de incentivos fiscais administrados pela SUDAM e infra-estrutura crescente permitindo a aplicação de recursos deduzidos do IR, aproveitando a mão de obra e matéria prima local. Em quatro anos foram aprovados 350 projetos econômicos com incentivos superiores a 2 bilhões de cruzeiros, aplicados na agropecuária, juta, madeiras, pesca e garimpos. As empresas podiam abater até 50% do IR para projetos próprios ou de terceiros; os contribuintes individuais podiam abater da renda bruta 100% das importâncias aplicadas na subscrição voluntária de ações (novas) de empresas da região. Os recursos aplicados entre   1967/68 foram principalmente de terceiros, seguido pelos recursos das empresas e os governamentais.
Outros Projetos: MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) visou recuperar e integrar a população marginalizada pelo analfabetismo. As empresas destinavam 2% do IR que se somava aos recursos próprios e mais 30% da arrecadação da loteria esportiva. IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), criado em 1967 sob a jurisdição do Ministério da Agricultura para coordenar, proteger e preservar os recursos naturais renováveis e o desenvolvimento florestal do Brasil. As pessoas físicas podiam abater 100% da renda bruta; as empresas até 35% do imposto calculado. Foram desenvolvidos 521 projetos em 1969. EMBRAER (Empresa Brasileira de Aeronáutica) - criada em 1969 por decreto lei; o governo federal detinha 51 % do capital inicial de 50 milhões. Originou-se do Instituto Tecnológico da Aeronáutica. O Fundo 157 permitia às empresas e aos contribuintes comprar ações. SUDEPE (Superintendência do Desenvolvimento da Pesca) criada em 1967 recebeu dos incentivos fiscais capital para pesca, industrialização e comercialização do pescado, garantindo preços acessíveis ao consumidor. Metas ambiciosas ofereciam grandes incentivos às empresas com projetos nas áreas da SUDENE e SUDAM, permitindo ao aplicador ser acionista. EMBRATUR (Empresa Brasileira de Turismo) criada em 1966 (decreto lei nº55) que definiu a política nacional de turismo e o conselho nacional de turismo. Atraiu inúmeros aplicadores e os recursos foram destinados à construção de novos hotéis.



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