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A Responsabilidade Social das Empresas
(Isabel Cordovil)

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RSE: um movimento integrador de práticas de gestão das empresas mais competitivas e um conceito a promover

Respondendo aos apelos e à consciencialização da comunidade internacional ao nível mundial, a RSE tem vindo a tornar-se, também em Portugal, um movimento voluntário de empresários e de outros actores: parceiros sociais, cidadãos e ONG’s, organizações da administração central e local, solidários em compromissos de mudança sustentável, partilhando uma vontade comum focada no desenvolvimento das pessoas, para um mundo melhor e mais solidário.

A Responsabilidade Social, que não é um conceito recente, está na ordem do dia, não como mais uma tendência passageira mas sim como exigência de cidadania. Não somente como tema transversal às políticas públicas e empresas, mas como acção, com instrumentos e ferramentas experimentadas e partilhadas. Parte de problemas específicos, recursos e práticas das empresas concretas, criando negócios sustentáveis, em diálogo com todas as partes interessadas e responsáveis pelo desenvolvimento social, económico e ambiental.

A RSE é um conceito a promover: As empresas devem assumir em toda a sua acção comportamentos socialmente responsáveis, não pondo em risco o desenvolvimento sustentado, os direitos do Homem, nomeadamente no trabalho, o ambiente e os recursos naturais, reconhecendo a responsabilidade que lhes cabe nesse mesmo desenvolvimento, na qualidade de vida dos seus colaboradores e das comunidades em que se inserem.

A Cimeira do Conselho da Europa, em Março de 2000, ao aprovar como Estratégia de Lisboa para a Europa na década 2000-2010: “tornar-se no espaço económico mais dinâmico e competitivo do Mundo baseado no conhecimento e capaz de garantir o crescimento económico sustentável com mais e melhores empregos, e com maior coesão social”, formulou um apelo especial ao sentido de responsabilidade social do meio empresarial no que toca “às melhores práticas em matéria de aprendizagem ao longo da vida, organização do trabalho, igualdade de oportunidades, inclusão social e desenvolvimento sustentável”.

Posteriormente, em Julho de 2001, a Comissão Europeia apresenta o Livro Verde “Promover um quadro europeu para a responsabilidade social das empresas” destinado em primeiro lugar a desenvolver o debate sobre o conceito de RSE e, em segundo lugar, a definir os meios de construção de parcerias que permitam a elaboração de um quadro europeu para a promoção deste conceito.

Este enquadramento tem sido desenvolvido pelos países membros e aprofundado pelo Forum Multilateral sobre RSE, criado em 2002, que apresentou à Comunidade Europeia, em 29 de Junho, o Relatório Final - Conclusões e Recomendações.

Enquanto a RSE é desenvolvida voluntariamente pelas próprias empresas, as autoridades públicas desempenham um papel chave na definição de um quadro global e condições que garantam e encorajem as melhores práticas. Devem considerar a diversidade do tecido empresarial e dar especial atenção às Pequenas e Médias Empresas, que caracterizam o tecido empresarial Europeu, onde se acolhem 75% dos postos de trabalho em Portugal.
O contributo do Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST)

O ISHST tem participado neste debate sobre a Responsabilidade Social, na Europa e em Portugal, organizando ou participando em seminários, workshops, projectos nacionais e internacionais.

O desenvolvimento de melhores práticas de responsabilidade social deverá ter tradução na melhoria das condições de trabalho, nomeadamente de saúde, segurança e bem-estar, não pelo simples cumprimento da lei, mas por acções voluntárias de criação de ambientes mais saudáveis e gratificantes para quem neles trabalha e potenciadores de desenvolvimento profissional e pessoal.

Boas condições de trabalho pressupõem custos, porém as más condições de trabalho, incluindo o mau clima de trabalho, têm consequências muito graves ao nível pessoal e também ao nível económico. Custos directos e indirectos, oportunidades perdidas que prejudicam a própria competitividade da empresa.
O ISHST quer ser um parceiro activo neste processo, tendo como prioridades:

? Integrar o fomento da Responsabilidade Social no desenvolvimento de outros projectos do ISHST, na prevenção de acidentes e doenças profissionais, certificação e formação para a SHST;

? Estabelecer parcerias, integrando a Rede RSE, ao nível nacional e europeu;

? Divulgar o conhecimento sobre a RSE e fomentar boas práticas de saúde e segurança no Trabalho, como dimensão de práticas de RSE.
As organizações mais representativas das preocupações com a saúde e segurança no trabalho, como é a Agência Europeia para a Saúde e Segurança no Trabalho – Agência de Bilbau (www.agency.osha.eu.int), de que o ISHST é Ponto Focal em Portugal, e a Fundação para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho – Fundação Dublin, (www.eurofound.ie) também têm desenvolvido uma intervenção pública na promoção da RSE e sua articulação com a saúde e segurança do trabalho, com divulgação de iniciativas e boas práticas.
As melhores práticas

A empresa socialmente responsável deve reflectir este posicionamento no seu funcionamento global, nas dimensões interna e externa à empresa, na promoção dos direitos, interesses e expectativas dos trabalhadores, na gestão dos processos de mudança/inovação, protecção dos recursos naturais e ambiente, na interacção com a comunidade, contribuindo para o seu desenvolvimento económico e social, e para o combate à exclusão social.

Esta visão deve orientar-se para acção concreta, traduzida em boas práticas. E não fazem sentido acções de apoio à comunidade simultâneas com acções internas inibidoras do desenvolvimento pessoal e profissional dos trabalhadores.

A RSE exige, pois, uma filosofia de gestão integrada e centrada na pessoa, promovendo a saúde e segurança no trabalho, sabendo que os colaboradores são o recurso estratégico por excelência e que o ambiente da empresa se reflecte na qualidade do seu desempenho e na credibilidade externa, com reflexos na fidelidade dos clientes. 



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