Meditações concernentes à primeira Filosofia – Parte I
(René Descartes)
Este artigo trata da primeira das meditações de Descartes, onde o filósofo busca rejeitar tudo aquilo em que se baseiam suas opiniões pela simples possibilidade do equívoco. Utiliza para isso o princípio da dúvida hiperbólica, ou seja, sistemática e generalizada a fim de excluir qualquer possibilidade que possa gerar dúvida e não seja inquestionável.Primeiramente, Descartes procura desacreditar das propriedades sensoriais do corpo, argumentando que os sentidos não são confiáveis como forma de perceber o real.Também procura colocar em dúvida a sensação do sonho, para ele não há como distinguir o sonho da vigília, pois em um sonho as sensações parecem ser tão reais quanto quando estamos acordados.A meditação segue com a finalidade de filtrar as realidades conhecidas e experimentadas até a conclusão do que pode ser considerado efetivamente real. Através de princípios como Deus enganador, auto enganação, gênio maligno e outras coisas capazes de fazer questionar aquilo que é percebido por todos.Assim, a primeira meditação tem como principal objetivo questionar e colocar em dúvida qualquer certeza. Descartes demonstra certo receio de que esta dúvida radical que propõe possa petrificar ainda mais as certezas existentes, porém, ao final da primeira meditação parece estar satisfeito por causar certa agitação destes temas.O pensamento de Descartes predominou durante muito tempo, apesar de ser muito utilizado ainda hoje, não se pode negar que ele tenha perdido um pouco de sua força.Por outro lado, deve-se admitir que o método de Descartes foi inovador para sua época e capaz de responder satisfatoriamente muitas questões que direcionaram o desenvolvimento do conhecimento.
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