É Preciso Mudar o Discurso em Recursos Humanos
(ÊNIO J. RESENDE)
As técnicas usadas na Administração de Recursos Humanos, atualmente, ainda são bastante ultrapassadas, há muita resistência quanto à inovação e as modificações das atividades. Como conseqüência dessa acomodação, enfrenta-se problemas fundamentais da ARH das quais podemos citar a pouca valorização e a resistência de dirigentes e gerentes da organização, bem como a falta de credibilidade quanto a real possibilidade de contribuição da ARH aos resultados das empresas.
O ARH se encontra em níveis inferiores na hierarquia de várias organizações. Situação pouco desejável para o pessoal do ARH como para o benefício das empresas. Mas se comparado com a década passada, verificamos um grande avanço no status dos órgãos que cuidam desse setor. Esse progresso ocorreu principalmente pelo grande crescimento das empresas e, logo após, as crises econômicas que ocorreram que ocasionou reação e pressão dos sindicatos. Essa situação negativa proporcionou a valorização das atividades de ARH visando contribuir para melhoria da produtividade e das relações trabalhistas.
As atividades de RH estão atreladas aos conceitos de eficácia e eficiência. Na medida em que a ARH melhorar sua eficácia e, conseqüentemente, seu desempenho, sua contribuição efetiva aos resultados das organizações irão surgir mais rapidamente e passará a ter status e reconhecimento. A noção de eficácia pode ser considerada como equivalente a alcance de resultados, o de eficiência seria as alternativas certas para o alcance dos resultados. Esses conceitos são aplicados conforme as diferentes funções executadas, por exemplo, um gerente deve ter característica eficaz e um técnico eficiente.
A ARH esta mais voltada e estruturada para cuidar da parte burocrática e rotineira do serviço. Estão direcionadas para atender aos empregados e evitar que fiquem desmotivados. Porém os planos de trabalhos encontram-se pouco voltados para o aumento de motivação, desempenho e da produtividade. A ênfase é dada aos trabalhos que constituem insumo, ao invés daqueles que contribuem para resultados.
É fundamental que se pense em estratégias para concepção de idéias e elaboração de planos, o porém é que os especialistas estão gastando muito tempo com a aprovação desses projetos e atrasando o processo de implementação. Conseguinte não estão levando em conta o estágio de desenvolvimento de suas organizações, ao conceberem, elaborarem e proporem seus planos e programas de trabalho.
Há muito que fazer, especialmente no sentido de desenvolver mentalidades e atitudes favoráveis a mudanças, bem como conscientizar diretores e gerentes a respeito de interdependência e complementariedade dos subsistemas que compõem as organizações, assim como da importância daqueles ainda pouco valorizados, como os de Recursos Humanos.
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