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Crise no Oriente Médio e Norte da África. O caso do Egito
(Isaias Carvalho)

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O Egito, berço de grande civilização na Antiguidade, é hoje - início de 2011 - palco de confrontos entre manifestantes e forças militares egípcias, em meio ao aumento dos protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak, que estava no poder desde 1981. Após quase três décadas de regime autocrático, no estilo faraônico, os manifestantes demandam mudanças politicas, mais liberdade, o fim do estado de emergência e a saída do presidente. É interessante colocar essa crise egípcia na perspectiva da queda do presidente tunisiano Ben Ali, o que tem gerado instabilidade em vários outros países islâmicos.Porém, a ênfase que desejo imprimir neste comentário-notícia é quanto ao papel dos Estados Unidos nessa crise em seu “quintal petrolífero”, no qual o Egito ocupava, até a corrente crise no início de 2011, um papel fundamental de relativa estabilidade no Oriente Médio, pois reconhece Israel e tem sido apoio para os americanos há décadas. A situação é delicada para os Estados Unidos, que não podiam apoiar abertamente a permanência de Hosni Mubarak, presidente que acaba de renunciar, diante das pressões internas e internacionais, e nem encontram potenciais aliados na oposição provável substituta do atual regime, especialmente na Irmandade Muçulmana, que pode vir a estabelecer um estado teocrático islâmico, a exemplo do Irã. De fato, uma face mais favorável dessa oposição egípcia, o Prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, juntou-se (um pouco tarde, alguns acusam) aos manifestantes para exigir a renúncia de Hosni Mubarak. Ele prometeu “uma mudança de rumo”, com destaque para o “início do fim de uma era”: Ele tem proposto também a formação de um Governo de Salvação Nacional, em comunhão com as forças armadas do país, com o intuito de coordenar um período de transição, promover eleições livres e justas, escrever uma nova Constituição e avançar rumo a um Estado democrático.Por ora, os Estados Unidos têm apenas assistido aos confrontos, com comentários a favor da livre manifestação e do respeito aos direitos humanos no Egito. No fundo, o que está em jogo é a continuidade de certa estabilidade na região, sob o comando americano. Nesse ponto, Israel também assiste com perplexidade aos desdobramentos da crise egípcia, mas também nada pode fazer por enquanto. É a História sendo escrita – na internet, principalmente – e gravada – na mídia, como um todo. Acompanhemos as tensões que se alastram para outros países da região, em especial a Líbia e o Irã. a impressão que se tem é a de que a situação tende a piorar muito antes de melhorar nessa parte do mundo. O papel dos organismos internacionais e das grandes potências é decisivo.



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