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Isso Ninguém Me Tira
(Ana Maria Machado)

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Isso Ninguém Me Tira
Autora: Ana Maria Machado

“Isso ninguém me tira” é uma história para qualquer idade; propõe reflexões importantes sobre valores e várias outras questões que se colidem na trajetória do crescimento dos jovens e da maturidade que chega de supetão, muitas vezes de um modo desastrado e triste para uns, ou impetuosa, contundente e indômita para outros.

A autora Ana Maria Machado, aborda com sutileza o crescimento e a maturidade que chega para os seus jovens personagens numa via de mão dupla: a filha que cresce e aspira liberdade suprema e os pais que, tentando segurar seus crescidos filhotes como se fossem pequeninos, subitamente se dão conta de que a hora chegou: terão que alçar voo e seguirão suas próprias escolhas.

Assim, inspirada na canção (origem do título) “They Can’t Take That Away From Me" ('Eles não podem tirar isso de mim'), composta pelos irmãos Gershwin e tema do filme Shall We Dance, 1937, com Fred Astaire e Ginger Rogers, a autora nos conta sobre o triângulo amoroso entre os jovens Dora, Gabi e Bruno.

A personagem Gabi é a narradora de todos os conflitos desta jornada rumo à maturidade, bem como de todos os aspectos formadores do seu perfil intelectual e profissional. Também é a própria Gabi, pessoa de profundo sentido ético e prezando muito a amizade de sua prima Dora, que viverá uma espinhosa escolha: obediência cega e sem argumentos ou experiência em segredo assumindo todos os riscos e pontos de vista. Ambos os caminhos são trincheiras de beligerância familiar.

Em tudo a obra reúne ingredientes de amor, cultura (quando aborda Machado de Assis); cenários românticos (o entardecer na praia); a admiração pelos pais (arranhada no episódio da espionagem materna); o sonho de viver no exterior (conhecer outros povos) e a chegada do computador ao ambiente pedagógico (resultado de uma palpitante e surpreendente campanha para a informatização da escola).

Os leitores nascidos pós-década 1970, possivelmente se sentirão envolvidos no clima nostálgico do ano em que a obra foi escrita, 1988, o mesmo ano em que a Constituição Federal do Brasil foi promulgada, época em que os personagens trocavam correspondências datilografadas (ou manuscritas) via Empresa de Correios (ainda não tinham e-mail em quantidades vertiginosas) e, quando algum apaixonado queria revelar seus sentimentos verbalmente (sem se expor ao telefone ou aos olhos da pretendente) gravava seus pensamentos, segredos ou versos em singelas fitas K-7, as quais eram entregues em mãos (ou na portaria do prédio).

Lembranças afetuosas que fazem dessa história não somente uma história de namoros, encontros, desencontros, conflitos e coisas semelhantes; são reminiscências que envolvem os leitores numa aura de certa saudade, quando se recordam do primeiro amor (talvez do primeiro beijo) e de imediato, como se fosse mágica, também são levados às lembranças puras e entusiastas dos sonhos, esperanças, coragem e todos os componentes que suprem o crescimento e constroem a maturidade. Isso ninguém pode tirar jamais.



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