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O Santo Graal
(Jorge Ferreira)

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A figura do Graal é tida, como a da taça que serviu Jesus durante a Última Ceia e na qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue do Salvador crucificado proveniente da ferida no flanco provocada pela lança de Longino.  A Igreja Católica não dá ao cálice mais do que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval.
A etimologia da palavra Graal é desconhecida, mas costuma-se considerá-la como oriunda do latim gradalis - cálice. Com o brilho das pedras sobrenaturais, o Graal, na literatura, às vezes aparece nas mãos de um anjo, às vezes sozinho, movimentando-se por conta própria; porém a ventura de vê-lo só poderia ser conseguida por cavaleiros que se mantivessem castos. Transportado para a história do Rei Arthur, onde nasce o mito da taça sagrada, encontramos o rei agonizante vendo o declínio do seu reino. Devido a uma visão, Arthur acredita que só o Graal pode curá-lo. Ordena então aos seus cavaleiros que saiam a procura do cálice, fato que geraria todas as histórias em torno da Busca do Graal.
É interessante notar que a água é uma constante na história de Arthur. É na água que a vida começa, tanto a física como a espiritual. Arthur teria sido concebido ao som das marés, em Tintagel, tirou a Bretanha das mãos bárbaras em doze batalhas, cinco das quais às margens de um rio; entregou a sua espada, Excalibur, ao espírito das águas e, ao final de sua saga, foi carregado pelas águas para nunca mais morrer. Certo de que a sua hora tinha chegado, Arthur pede a Bedivere que o leve à praia, onde três fadas o aguardam em uma barca. "Consola-te e faz quanto possas porque em mim já não existe confiança para confiar. Devo ir ao vale de Avalon para curar a minha grave ferida", diz o rei. Avalon é a mítica ilha das macieiras onde vivem os heróis e deuses celtas e onde teria sido forjada a primeira espada de Arthur - Caliburnius.
Acreditam alguns que Avalon é Glastonbury, onde tanto Arthur quanto Guinevere teriam sido enterrados. A abadia de Glastonbury, onde repousaria o casal, é tida também como o lugar de conservação do Graal.
Conta-se que Jesus havia recebido em dádiva um cálice de um druida convertido ao cristianismo (isto entendido como "o que era pregado por Cristo"), e por aquele objeto Jesus tinha um carinho especial. Após a crucificação, José de Arimatéia quis levá-lo, santificado pelo sangue de Cristo, ao seu antigo dono, o druida, que era Merlin, traço de união entre a religião celta e a cristã.
É na obra de Robert de Boron, José de Arimatéia, que o mito retrocede no tempo até chegar a Cristo e à última Ceia. José de Arimatéia  era um judeu muito rico, membro do supremo tribunal hebreu. É ele que, pede a Pilatos o corpo de Jesus para ser colocado em um sepulcro nas suas terras.
Boron conta que certa noite José é ferido na coxa por uma lança. Em outra versão, a ferida é nos genitais e a razão seria a quebra do voto de castidade. Este fato está totalmente relacionado à traição de Lancelot que seduz Guinevere, esposa de Arthur.
Após a batalha entre os dois, a espada de Arthur, Caliburnius, é partida porque é usada para fins mesquinhos - e atirada em um lago onde é recolhida pela Dama do Lago antes que se afunde. Depois  é lhe oferecida outra espada, esta sim, Excalibur. Somente uma única vez Boron chama a taça de Graal. Em um inciso, ele deduz que o artefato já tinha uma história e um nome antes de ser usado por Jesus: " não ouso contar, nem referir, nem poderia fazê-lo (...) as coisas ditas e feitas pelos grande sábios. Naquele tempo foram escritas as razões secretas pelas quais o Graal foi designado por este nome".
José de Arimatéia foi, portanto, o primeiro custódio do Graal.
O segundo teria sido seu genro, Bron. Algumas seitas sustentam que o ciclo do Graal não estará fechado enquanto não aparecer o terceiro custódio.
Esta resposta parece vir com A Demanda do Graal, de autor desconhecido, que coloca Galahad como único entre os cavaleiros merecedor de se tornar guardião do Graal.  



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