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Cleópatra nasceu em 69a.C. em Alexandria e era filha de Ptolomeu XII e Cleópatra V. Teve uma educação esmerada, apesar de, segundo Estrabão, ser filha ilegitima do rei. Falava sete ou oito linguas, entre elas grego, arameu, etiope, hebraico e latim e escreveu alguns livros sobre magia e cosméticos, entre outras coisas. Tornou-se rainha em 51a.C., casando com seu irmão, Ptolomeu XIII. Cleópatra e Ptolomeu XIII estavam cercados por homens sedentos de poder, Teódoto, preceptor de Ptolomeu XIII, Potino e Aquilas, oficial do exército. Cleópatra tentou sempre manter relações amigáveis com Roma que era a nova potência do Mediterrâneo, o que era favorável ao Egipto. Para isso forneceu 60 barcos a Gneu Pompeu para se juntarem na frota que lutava contra Júlio César. Perante isto, os conselheiros acusaram Cleópatra de querer governar sozinha e colocaram o povo contra ela, obrigando-a a fugir para o sul do Egipto e, de seguida para a Siria. Não se dando por vencida a rainha regressa ao Egipto com um exército de mercenários para combater o irmão. No inverno de 49-48a.C. encontra-se com César pela primeira vez. Nesta data tem lugar o famoso episódio do tapete. Cleópatra marca um encontro com César no intuito de lhe oferecer um tapete mas, quando este foi desenrolado perante César, a rainha vinha enrolada dentro dele. Tornou-se assim amante de César o que lhe era favorável para fortalecer o seu poderio no Egipto. Para acabar com a crise no Egipto César nomeia Cleópatra e Ptolomeu XIII co-regentes do Egipto e nomeia os irmãos destes, Arsinoe e Ptolomeu XIV, soberanos do Chipre. Arsinoe, que era ambiciosa conseguiu que o exército a declarasse rainha do Egipto e mandou matar Aquilas que se lhe opunha. Ptolomeu XIII junta-se à irmã mas, em 47a.C. o exército egipcio é derrotado por César, Arsinoe é presa e Ptolomeu afoga-se no Nilo a tentar fugir. Cleópatra dá à luz em Junho de 47a.C. Cesarion filho de César. Apesar de reconhecer a paternidade, César não torna o filho seu herdeiro . Logo de seguida Cleópatra casa-se com o seu irmão Ptolomeu XIV, aconselhada por César. César parte para Roma deixando o Egipto livre mas sob protecção romana. Em 46a.C. Cleópatra muda-se para Roma ficando a viver nos jardins do Janiculo, mesmo perto da mulher de César, Calpurnia Pisonis, o que causa descontentamento por parte da população. Entretanto César é assassinado e Cleópatra regressa ao Egipto, onde o seu irmão morre misteriosamente (pensa-se que foi Cleópatra que o envenenou). Passa, então, o seu filho Cesarion a ser seu co-regente. Em 42a.C. Cleópatra encontra-se com Marco António, um dos triunviros que governaram Roma após a morte de César, a convite deste para falar da ajuda que dera a Cássio, um dos assassinos de César e, portanto, inimigo dos triunviros. Passaram juntos o inverno de 42-41a.C. e Cleópatra engravida de gémeos, que se chamariam Cleópatra Selene e Alexandre Hélio. Estiveram 4 anos separados e recomeçaram a sua relação em 37a.C.. Marco António muda-se para Alexandria e pensa-se que se casou com Cleópatra apesar de ser casado com Octávia, irmã do triúnviro Octávio. Cleópatra engravida de novo, nascendo Ptolomeu Filadelfo. Logo a seguir à conquista da Arménia, durante as Doações de Alexandria Cleópatra e Cesarion tornam-se co-regentes do Egipto e Chipre, Alexandre Hélio torna-se governante da Arménia, Média e Pártia. Cleópatra Selene torna-se governante da Cirenaica e Libia e Ptolomeu Filadelfo torna-se governante da Fenicia, Siria e Cilica. Em 31a.C. Cleópatra e Marco António são derrotados por Octávio na famosa Batalha de Áccio e ambos cometem suicidio. Cleópatra deixa-se picar por uma serpente Naja Haje em 30a.C.. O Egipto perde a sua independência tornando-se, assim, uma provincia romana.

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