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O Nascimento da Inteligência na Criança
(Jean Piaget)

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Análise da obra "O Nascimento da Inteligência na Criança" - Parte 2

2. ANÁLISE META-TEÓRICA
 
2.1 Postulados e conceitos centrais
Jean Piaget introduz, nesta obra, o problema biológico da inteligência. 
O mais importante é o aspecto externo do ciclo, ao qual se dá o nome de adaptação, que constitui a teoria da equilibração entre assimilação e acomodação.
Ao longo da obra, é apresentado ao leitor alguns postulados, os quais assentam nessa mesma teoria, sendo considerado como um mecanismo auto-regulador, necessário para assegurar à criança uma interacção eficiente dela com o meio ambiente.
Assim, o primeiro Postulado diz que a assimilação tende a alimentar-se de elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. Limita-se a atribuir um motor à pesquisa e não interfere na construção de novidades, uma vez que um esquema amplo pode abranger uma gama enorme de objectos sem modificá-los ou compreendê-los, ou seja, a relação que une os elementos organizados e os elementos do meio tem o nome de assimilação, em que o funcionamento do organismo não destrói, mas conserva o ciclo de organização e coordena os dados do meio de modo a incorporá-los nesse ciclo. Com efeito, a inteligência é assimilação, na medida em que incorpora nos seus quadros todo e qualquer dado da experiência. (…) a adaptação intelectual comporta, em qualquer um dos casos, um elemento de assimilação, isto é, por incorporação da realidade exterior a formas devidas à actividade do sujeito. (p. 17 e 18)
Já o segundo Postulado afirma que a assimilação é obrigada a acomodar-se aos elementos que assimila, isto é, a modificar-se em função das suas particularidades, mas sem com isso, perder sua continuidade nem os seus poderes anteriores de assimilação. Afirma também a necessidade de um equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, na medida em que, a acomodação é bem sucedida e permanece compatível com o ciclo, modificado ou não. Assim, não pode ser pura, pois ao incorporar novos elementos nos esquemas anteriores, a inteligência modifica sempre os últimos para ajustá-los aos novos. Só há adaptação se houver coerência, logo, assimilação. (…) a adaptação só se considera realizada (…) quando existe equilíbrio entre acomodação e assimilação. (p. 18)
 
2.2 Análise ontológica
A essência do ser humano e a Natureza do conhecimento 

A análise ontológica pretende revelar a concepção geral de dada teoria, em relação à Natureza do conhecimento. 
Na visão do autor, o homem é uma totalidade que se esforça para a manutenção do todo, por meio da troca ente o sujeito e o mundo exterior. Tudo se passa no sentido de manter a unidade e o equilíbrio.
Nesta teoria, o conhecimento em causa é a inteligência, e de acordo com a nossa opinião, a natureza da mesma é idealista, isto porque, de acordo com o autor, as coisas sobre as quais ela [a inteligência] se desenvolve nunca poderão ser concebidas independentemente da actividade do sujeito (p. 340).
 
2.3. Análise Epistemológica
Modo de aquisição do conhecimento
Pode dizer-se que, neste caso, a aquisição do conhecimento provém tanto da mediação interna como da associação externa. De facto, Piaget sugere que nos primeiros meses, a criança adquire conhecimento através da interacção desta com o ambiente, ou seja, forças externas exercem pressão sobre ela e condicionam o seu comportamento.
Por outro lado, é de notar também, que a partir da quinta e sexta fase, a criança, utiliza esses esquemas que formulou de experiências anteriores para adaptar o seu comportamento às novas situações. Pode ver-se aqui uma actividade interna em que a criança pensa, inventa. Consegue obter, desta forma, soluções para ultrapassar os novos obstáculos, recorrendo à combinação mental de representações que criou através dos esquemas obtidos anteriormente. Assim, a partir de agora a criança prevê, antes de experimentar, quais as manobras que fracassarão e quais as que terão êxito; portanto, o controlo da experiência incide sobre a totalidade dessa acção, ou seja, há representação e não apenas exploração sensorial-motora (p. 315 e 316).
 



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