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Mercado de Carbono
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  O mercado de carbono é feito através da compra e da venda de créditos de carbono entre os países industrializados mais poluidores e os países em desenvolvimento menos poluidores. 
    Desde a revolução industrial o homem vem aumentando a emissão de gases poluidores no meio ambiente. Esse modelo de desenvolvimento, sem um planejamento adequado, provocou sérias conseqüências ao meio ambiente, e a mais sentida por todos é o efeito estufa. Esse efeito aumenta a temperatura média do planeta, o que gera graves conseqüências como intensas mudanças climáticas. Essas mudanças permitem catástrofes em todas as regiões, como furacões, enchentes, secas, derretimento de calotas polares etc. 
    A partir desse cenário, as organizações de vários países se uniram para discutir sobre essa problemática. Como resultado de uma ampla negociação iniciada no Rio de Janeiro em 1992, a Rio-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, resultou no protocolo de Kyoto, que é um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução de emissão de gases que agravam o efeito estufa. Por ele se propõe um calendário pelo qual países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão desses gases em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012. Essas metas não são iguais para todos os países, colocando níveis diferenciados dos que mais emitem os gases. Países como Brasil, México e Argentina não receberam ainda essas metas. Alguns países não ratificaram esse acordo, como os EUA, sendo este país um dos mais poluidores do mundo. 
    Para não comprometer as economias dos países desenvolvidos, o Tratado de Kyoto determina que, caso seja impossível as metas estabelecidas de redução de CO2, esses países poderão comprar créditos de carbono de outras nações que possuam projetos de desenvolvimento de tecnologias limpas, ou seja, mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL). Esse mercado é conhecido como mercado de carbono. 
    O Mercado Brasileiro de Reduções de Emissões (MBRE) é iniciativa conjunta da BM&FBOVESPA e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que objetiva desenvolver sistema eficiente de negociação de certificados ambientais, em linha com os princípios subjacentes ao Protocolo de Kyoto. Mais precisamente, a iniciativa BM&FBOVESPA / MDIC consiste em criar no Brasil as bases de mercado ativo para créditos de carbono que venha a constituir referência para os participantes em todo o mundo.
    Foi criado um Banco de Projetos BM&FBOVESPA. Trata-se de sistema desenvolvido pela Bolsa para registro de projetos validados por entidades operacionais designadas (certificadoras credenciadas pela ONU) segundo o rito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) – ou seja, projetos que deverão gerar reduções certificadas de emissão (créditos de carbono) no futuro. O sistema também acolhe para registro o que se convencionou chamar de intenções de projeto, ou seja, concepções parcialmente estruturadas de projetos que objetivem a condição futura de projetos validados no âmbito do MDL.
    Projetos e intenções de projetos registrados na BM&FBOVESPA encontram nesse sistema poderoso instrumento de divulgação e eficiente chamariz para interessados em oferecer financiamento ou adquirir os futuros créditos de carbono associados ao projeto. Depois disso foi desenvolvido e implantado um sistema eletrônico de leilões de créditos de carbono.
    Esse mercado também é promissor em outros países. A Bolsa do Clima de Chicago, por exemplo, vem batendo recordes de preços e de volumes. Só em 2007, foram negociados 23 milhões de toneladas. Só nos primeiros cinco meses de 2008 foram 37 milhões. E o preço da tonelada subiu de uma média de US$ 3,50 para US$ 7,40.
Alguns exemplos de bolsas de carbono:

      CCX - Bolsa do Clima de Chicago
      CCFE - Chicago Climate Exchange Futures - Subsidiária da CCX
      ECX - Bolsa do Clima Européia
      NordPoll (Noruega)
      EXAA - Bolsa de Energia da Áustria
      BM&F - Bolsa de Mercadorias e Fundos - (Atualmente trabalha apenas com o   leilão de créditos de carbono)
      New Values/Climex (Alemanha)
      Vertis Environmental Finance (Budapeste)
       Bluenext - Antiga Powernext (Paris) - Formada pela bolsa de valores internacional NYSE Euronext e pelo Banco Público Francês Caisse des Depots após a compra das atividades de carbono da Powernext.
       MCX - Multi-Commodity Exchange (Índia) - Maior bolsa de commodities da Índia. Lançou em 21 de janeiro de 2008 contratos futuros para a negociação de RCEs (Reduções Certificadas de Emissão) com tamanho mínimo de 200 toneladas de CO2.
    Outras bolsas têm planos quanto às negociações de créditos de carbono, como: Hong Kong Exchange e EEX (Bolsa de Energia Européia - Leipizig).
    Após um período de incertezas, a tendência é que o mercado de carbono cresça e se consolide nos próximos anos. Apesar do crescimento das negociações envolvendo créditos de carbono, ainda não é possível definir exatamente qual será o valor das reduções de gases estufa no mercado mundial.



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