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Rango - Critica
(Marcelo Hessel)

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Animação / Faroeste
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: John Logan, James Ward Byrkit, Gore Verbinski

Se fosse uma fábula que emprestasse características humanas a animais, os velhos caubóis seriam que bicho? Rango aposta no camaleão. Desafiar o lagarto a enfrentar sua crise existencial, tirá-lo do conforto de um aquário e jogá-lo no meio de uma cidade empoeirada de western, é a premissa do primeiro longa em computação gráfica do diretor Gore Verbinski.
Ironicamente, Rango é um filme com "identidade demais", do roteiro rebuscado aos ângulos de câmera cheios de floreios. Enfim, a excentricidade é a regra, para o bem e para o mal.
A princípio, ela opera a favor. Enquanto a maioria das animações ocidentais segue o Sistema Japonês de Empatia, com personagens de olhos enormes e cintilantes, para emocionar multidões, o camaleão tem os seus cobertos por pálpebras, quase por completo. O design de Rango é pensado não a partir da empatia, mas da problematização do personagem, que não tem uma personalidade com que nos identifiquemos de começo.  A verborragia do camaleão está preservada na dublagem brasileira - trabalhada com o mesmo exagero de sotaques das novelas - mas o clima de Medo e Delírio se dissipa um pouco.
Depois que todo o processo de design e concepção fica para trás é que o diretor tem que achar o tom certo da narrativa. Verbinski não é conhecido por seu equilíbrio, e não é aqui que ele encontra uma medida. Na sua condução, a excentricidade sai do controle, da piada neurótica que se estende demais à obsessão por enquadramentos injustificados (Verbinski filma através de garrafas, copos...).
O roteiro faz muita questão de parecer esperto, com suas metáforas e sua metalinguagem, metidas no meio da crise do camaleão (que diz procurar seus conflitos), os excessos se somam.  Além de banalizar a experiência do filme para os adultos, dificulta o acesso às crianças (a não ser que sua criança colecione figuras de linguagem).
No fim, Rango é um filme que encanta à primeira vista, pela estranheza e pela excelência no design de personagens. Um filme de premissa inteligente e boas viradas de roteiro, mas cuja condução descalibrada tende a tornar futuras reprises um pouco penosas.



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