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Tornar se pessoa
(Carls Rogers)

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Análise do livro: Tornar-se Pessoa – Carls Rogers
“Quem sou eu? Como posso tornar-me eu mesmo?” (pág. 139/140). É esta compreensão que os clientes buscam ao decidirem-se por fazer psicoterapia, pois é este um “mal” que aflige muitos de nós na atualidade, o desejo de tornar-se pessoa. Tornar-se pessoa no sentido de encontrar seu “eu real”, deixando as máscaras criadas ao longo dos anos caírem, todas elas.
Nesse processo de busca do “eu” entra a pessoa do terapeuta, não como um detentor do saber, do caminho que leve o paciente as suas descobertas, mas sim como um facilitador desse. Rogers aponta em seu livro “que o melhor é deixar ao cliente a direção do movimento no processo psicoterápico” (pág.13). É este o ensinamento que devemos seguir se quisermos de fato auxiliar nossos pacientes.
Quais seriam então os mecanismos que nos conduzirão a esse auxílio? Rogers coloca três aspectos essenciais: a congruência, compreensão empática e a consideração positiva incondicional. Percebemos o quão significativos são os aspectos apontados como fundamentais, afinal, como se daria uma psicoterapia em que o terapeuta não é autêntico, não se aceita, não se permite ser como é? Se este não o é, não age dessa forma, podemos imaginar que também seriam assim seus clientes. O ser falso não colabora em nada nas relações, não permite que sejam reais. Atitudes positivas sim contribuem para o amadurecimento, para evolução do paciente, o qual na realidade busca ser aceito, compreendido.
Eis então uma dúvida que aflige a nós, acadêmicos: quando estaremos prontos para ajudar nossos clientes? Como saberemos se estamos ou não? Rogers também sentiu essa dúvida e nos fala em seu livro que esse estar pronto se dá na relação, na experiência, que não devemos ter as teorias como trilhas, estas não nos permitirão ter essa resposta, é na vivência que obteremos tal compreensão, visto que o processo de psicoterapia é uma experiência única e dinâmica.
Voltando um pouco a busca do cliente, de tornar-se ele mesmo, Rogers nos fala que este a princípio busca um estado fixo, onde seus problemas serão solucionados. E que durante este percurso se deparam com a descoberta de que suas vidas estavam sendo guiadas por aquilo que pensam que deveriam ser, não o que são, percebem também que existiam em resposta às exigências dos outros, que agem e pensam conforme as pessoas acreditavam que deveriam agir, pensar e sentir. Ao se darem conta disso vão se descobrindo.
Isso também os conduz a percepção de que não são entidades fixas, mas um eterno torna-se.
Ao se implicar nesse processo de auxílio o terapeuta vai alcançando maturidade e crescimento, permitindo então uma atuação cada vez mais eficiente.
Cientes desse eterno tornar-se poderíamos então pensar na “vida boa” colocada por Rogers, a qual implica em uma abertura crescente a experiência, o viver cada momento, e a confiança de alcançar um comportamento cada vez mais satisfatório. A vivência plena desses aspectos é sem dúvida um viver bem. Alcançá-la implica em trabalhar nossa criatividade, pois só criativamente é que poderíamos reunir estes três fatores. No entanto fica uma ressalva, não é para encarar a “vida boa” como um estado de ser, mas sim como um processo.
Olhando por outro viez, talvez seja isso que esteja faltando no contexto histórico atual: criatividade. Rogers apresenta algumas reflexões acerca do processo criativo em sua teoria da criatividade e nos fala que o sujeito cria porque isso o satisfaz, porque é sentido como auto realização. Para que e o porquê dessa teoria? A resposta é simples, esse mundo novo que tem se estabelecido exige cada vez mais de nós um comportamento criativo se o que desejamos for estar bem consigo próprio.
Então, poderíamos partir da avaliação das nossas bases, da nossa formação primária que se dá também no âmbito escolar. Mas como este espaço vem promovendo essa criatividade nas crianças e jovens para que possam corresponder as necessidades desse novo mundo? Pensar no percurso histórico da educação brasileira nos conduz a uma resposta não-satisfatória. Rogers reflete acerca do processo de ensino-aprendizagem, e nos fala a respeito de uma aprendizagem significativa, e de quais seriam as implicações que a psicoterapia tem para a educação.

[...]
Enfim, Rogers é profundo e sábio em tudo que nos diz em seu livro Tornar-se Pessoa. Sua teoria centrada na pessoa traz incontáveis contribuições acerca de nossa formação enquanto pessoa e como futuros profissionais. Ele nos conduz a muitas reflexões, de fato estas ocorreram a cada página lida. E independente de nossas escolhas por uma corrente ou outra, somo conscientes da importância e dos significados dessa leitura.



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