Resumo de Líbia PAÍS EM CRISE - KADAFFI, O DITADOR - Atlas Geográfico e Notícias Internacionais de Jornais;

LÍBIA é um país em crise e MUAMMAR EL KADAFFI um diatdor a ser contido.
O nome oficial da Lìbia é: Grande Jamahira Árabe Popular Socialista da Líbia.
A Líbia - vasto país do norte da África, entre o deserto e o mar Mediterrâneo, ladeado pelo Egito e pela Tunísia. Tem uma área de 1.775.500 km² e uma população de 6 milhões concentrada principalmente nas cidades litorâneas. Compreende três regiões principais: a Tripolitânia, a oeste cuja capital é Trípoli; Cirenáica a leste, capital Bengazi que junto com Trípoli são consideradas capitais gêmeas do país; e o Fezzan - região desértica, ao sul de Trípoli, cuja cidade mais importante é Gadames. A entrada da cidade é subterrânea como proteção contra o calor do deserto. Possui vastas reservas subterrâneas de água no Saara, o que permite o abastecimento das cidades e a irrigação. O litoral, mais úmido permite a ocupação e uso do solo. Os antigos povos berberes almoâdas dominaram a região da Tripolitânia e os egípcios, a região da Cirenaica.
A Líbia pela sua posição geográfica fez parte da movimentada história regional; foi território turco e após 1912, possessão italiana; sua independência data de 1946. A base de sua economia são as ricas jazidas de petróleo.
A Líbia passa por mais um momento de mudanças drásticas iniciada no norte da África na Tunísia ( janeiro de 2011). Representa uma ruptura por parte do povo em relação ao governo ditatorial de Muammar El Kadaffi (09/1942) iniciado em 1969 após assumir o poder com a derrota da monarquia (Rei Idris I) em um golpe militar. O então Coronel Kadaffi tornou-se importante personagem do Conselho Militar que assumiu as funções governamentais. Em 1978 deu início a um movimento Revolucionário que se tornou veículo de intriga política internacional e de terrorismo. A associação e o apoio dado pela sua pessoa a incidentes terroristas e à pirataria aérea contribuíram para que o isolamento da Comunidade Internacional fosse imposto à Líbia em 1980. Em 1986, os Estados Unidos da América retaliaram ataques terroristas líbios através de uma série de ataques aéreos à Líbia e o respectivo bloqueio econômico ao país. Em 1988 a explosão de um jumbo da Pan American, na Escócia, matando 270 pessoas leva a ONU, em 1992 a impor um embargo econômico e diplomático à Líbia pelo reconhecimento, em 1991 da responsabilidade de líbios terrorista pelo atentado contra o avião. Outro atentado foi o ataque aos jogos Olímpicos de 1972 em que Kadaffi teria tido ação direta e onde morreram sete atletas judeus. O pagamente de indenizações às vítimas do jato sobre a Escócia, e o desmantelamento do arsenal nuclear, levou o presidente americano George W. Bush a suspender as sanções contra a Líbia que passou a receber investimentos na área petrolífera feita por parte de grandes empresas internacionais, inclusive da indústria bélica.
O Livro Verde foi lançado em 1970 por Kadaffi, onde ele expõe sua filosofia política apontando para uma alternativa nacional ao socialismo e ao capitalismo combinada com aspectos do islamismo. Em 1977 ele criou uma série de Comitês populares – “O Estado das Massas”.
O ditador sofreu duas tentativas de golpe devido às medidas adotadas em relação a políticas internacionais; a queda do valor do petróleo e a deterioração econômica do país aumentaram o descontentamento popular contra um ditador que se perpetua no poder pela força e repressão. Seu regime combina o radicalismo religioso com o socialismo islâmico. Em nome da causa palestina patrocinou ações terroristas no Oriente Médio e na Europa.
Em síntese: são 42 anos de ditadura na Líbia marcados por confrontos, radicalismos, atos terroristas, repressão, abuso de poder, etc. A riqueza gerada pelo petróleo tem permanecido em mãos da família do ditador Kadaffi. O descontentamento da população ganhou força após os movimentos populares que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito. Os conflitos e a repressão desmedida contra os rebeldes que se opõe ao governo do ditador levaram a ONU, com o apoio da Liga Árabe, a decretar a intervenção na Líbia. No dia 19 de março 2011 foi desencadeada uma ofensiva liderada pela França, EEUU, Reino Unido, Canadá com o apoio de outros países europeus e da liga Árabe cuja finalidade é a de estabelecer uma exclusão aérea no território líbio.

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