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Max Martins: o mestre zen maior das letras e da poesia.
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1- O Autor:
Max Martins, paraense de Belém do Pará, nascido em 20 de Junho de 1926 e falecido em 09 de Fevereiro de 2009, poeta por formação e preferência, pois escolheu fazer da poesia o verdadeiro ofício e essência de toda a sua vida, embora, por motivo de necessidades óbvias, tenha atuado em cargos no serviço público em instituições governamentais até o momento de sua aposentadoria, marcou de forma profunda e significativa a literatura local produzida, e “(...) evoluiu com o nascimento das vanguardas e impôs-se individualmente para tornar-se uma voz isolada dentro do panorama da lírica brasileira.”, como bem retrata o filósofo e poeta, Benedito Nunes, em prefácio pertencente à obra “ Para ter onde ir” (1992), de autoria do mestre Max.
Durante sua jornada literária, de maneira autodidata e com estudos direcionados para áreas das artes, literatura, poesia e filosofia, foi contemplado com prêmios merecidamente conquistados como o de poesia Frederico Rhonsard, concedido pela APL, assim como a premiação Santa Helena Magno, concedido pela Secretaria de Educação do Estado do Pará, além do recebido em 1993, intitulado poesia Olavo Bilac, dessa vez concedido pela pela Academia Brasileira de Letras, pelo livro “Não para Consolar”.
A grande inventividade de Max Martins permite-lhe universalizar o regional, como bem o demostram alguns poemas como Ver-o-peso, ou mais adiante A Casa, considerado o melhor da coletânea para admiradores como Antônio Hohlfeldt, jornalista do Correio do Povo de Porto Alegre.
Dentre tantas considerações e apreciações realizadas a respeito do poeta e sua obra, pode-se depreender algumas de fundamental relevância para a devida compreensão da representatividade do mago das palavras e suas inestimáveis criações, como a do amigo e admirador Benedito Nunes, na oportunidade de redação do prefácio do livro “O Estranho”, de 1952:

"(…) sua poesia reflete profundas ligações com a vida cotidiana, da qual ele extraiu uma boa parte dos elementos que fertilizam os versos rebeldes de “O Estranho”, que chegam a ser, por vezes, impuros, mas nunca artificiais, vazios e desprovidos desse conteúdo humano que dá a medida ao sentimento do mundo e a toda poesia verdadeiramente autêntica. (…) Os poemas de Max não constituem o produto efêmero de um talento jovem, cujo único valor esteja no desabafo desabafo sincero, impiedoso e irônico de suas decepções e esperanças. (…) é preciso compreender que ela traduz a inquietação do homem que se contenta em não ultrapassar o plano das coisas humanas (...)

2- As obras:
Entre as criações e publicações realizadas por Max, em sua trajetória de vida de escritor, compositor e arquiteto da linguagem e suas manifestações, estão:

O Estranho (1952). Belém, Revista de Veterinária.
Anti-Retrato (1960).Belém, Falângola.
Alguns Poemas (1965)
15 Poemas (1970)
H'era (1971)
O Ovo Filosófico (1975)
O Risco Subscrito (1980). Belém, Mitografe.
A Fala entre Parênteses – Em parceria com o poeta e amigo Age de Carvalho (1982). Belém, Grapho/Grafisa.
Abracadabra (1982)
Caminho de Marahu (1983). Belém, Grapho/Grafisa.
60/35 (1986). Belém, Grapho/Grafisa.
Não para Consolar – poesia completa (1992). Belém, CEJUP.
Marahu Poemas (1992).Belém, CEJUP.
Colagens (1992).Belém, CEJUP.
Para ter onde ir (1992).São Paulo, Massao Ohno / Augusto Massi.
Poemas Reunidos.(2001). Belém, Editora Universitária/UFPA

3- O poema:
O Estranho

“ Não entenderás o meu dialeto
nem compreenderás os meus costumes.
Mas ouvirei sempre as tuas canções
e todas as noites procurarás meu corpo.
Terei as carícias dos teus seios brancos.
Iremos amiúde ver o mar.
Muito te beijarei
e não me amarás como estrangeiro”.
(“ O Estranho”, Max Martins)

4- A análise:
O poema escolhido para análise, foi extraído do livro “O Estranho” de 1952, escrito pelo poeta como um produto da influência de seus primeiros contatos, na adolescência, com leituras de livros de poetas românticos como Casemiro de Abreu, Castro Alves, que pertenciam ao acervo pessoal seu pai.
A poesia é marcada por versos que culminam em uma estrutura poética muito recorrente nas criações do poeta Max, com expressões de um conjunto de imagens formadas por elementos envolvendo a natureza e a sensualidade. Verifica-se o uso de uma licença poética na utilização de vocábulos semânticamente representativos do amor carnal, assim como da natureza, alcançando com isso a inserção do poema em um clima de extrema e intensa sexualidade e de ambientação em um espaço predominantemente natural.

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