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A evolução da ciência psicológica
(Ana Mercês Bahia Bock)

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A evolução da construção da ciência psicológica, assim como os diferentes campos da produção humana, sempre esteve associada, em cada momento histórico, às necessidades e exigências de conhecimento da humanidade, aos constantes desafios econômicos e sociais e pela ávida compreensão do homem de sí mesmo.
É na Antiguidade, entre os filósofos gregos, que surge a primeira tentativa de sistematização de uma Psicologia, assim como a própria origem do termo psicologia, que etimologicamente significa “estudo da alma”. O espírito ou alma, parte imaterial do ser humano, compreenderia o pensamento, os sentimentos, a irracionalidade, os desejos, a sensação e a percepção.
Para os pré-socráticos, a relação do homem com o mundo se dava através da percepção.
Sócrates, por sua vez, definia a razão como o fator limite de distinção e sobreposição dos homens em relação aos animais.
O discípulo de Sócrates, Platão, procurou definir a cabeça como o "lugar" onde se encontrava a alma do homem.A teoria platônica postulava a imortalidade da alma.
Para Aristóteles, a psiché significaria o princípio ativo da vida. Estudou as diferenças entre a razão, a percepção e as sensações.
Duas teorias, já haviam sido formuladas entre os gregos: a platônica, com sua postulação da imortalidade da alma, concebida separada do corpo, e a aristotélica, que preconizava a mortalidade do espírito e sua relação de pertencimento ao corpo.
No Império Romano, caracterizado pelo surgimento e desenvolvimento do cristianismo, a psicologia passa a ser relacionada ao conhecimento religioso, já que a igreja católica detinha o monopólio do saber e conhecimento, e consequentemente, o estudo do conjunto dos fenômenos procedentes da alma ou psiquismo.
Esse período, era representado, dessa maneira, por dois grandes filósofos: Santo Agostinho (354 – 430) e São Tomás de Aquino (1225 – 1274).
Para Santo Agostinho, o espírito não era somente a sede da razão, mas a prova de manifestação divina no homem e o verdadeiro lugar do pensamento.
Já São Tomás de Aquino, que viveu num período de prenúncio da ruptura da igreja católica e o aparecimento do protestantismo, procurou encontrar novas formas de justificativas para a relação entre Deus e o homem e buscou em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Considera que somente Deus seria capaz de reunir essas duas idéias, igualmente. Logo, a busca da perfeição pelo homem seria a busca de Deus.
As trasformações radicais ocorridas em todos os setores da produção humana, oriundas da época da Renascença , possibilitaram um grande avanço na produção de conhecimentos, propiciando o início da sistematização do conhecimento e o estabelecimento de métodos e regras básicas para a construção do conhecimento científico.Avançam, nesse sentido, os estudos da anatomia e da fisiologia que iriam contribuir para o progresso da própria psicologia.

No século XIX, o capitalismo e seu processo de industrialização, impulsionam o desenvolvimento da ciência, a medida que exige desta, cada vez mais respostas e soluções práticas no campo da técnica.
O conhecimento torna-se independente da Fé e a racionalidade aparece como possibilidade de construção do conhecimento.
Estavam dadas as condições materiais para o desenvolvimento da ciência moderna: o conhecimento como fruto da razão, possibilidades de desvendar a natureza e suas leis pela observação rigorosa e objetiva.
A nova ordem econômica – o capitalismo - que cria a máquina, passa a determinar a forma de observar o mundo como uma máquina e isso atingiu também as ciências do homem.
Nesse contexto, surge a necessidade de compreensão do mecanismo e funcionamento da máquina pensante do homem – seu cérebro. Desse modo, a psicologia projeta-se nos rumos de novos conhecimentos científicos que viriam ser a Fisiologia, a Neuroanatomia e a Neurofisiologia.
Assim, com importantes descobertas, mensurações e formulações de leis nos diversos campos de estudo, os fenômenos psicológicos vão adquirindo status de ciência de acordo com a concepção de ciência da época.
Essa posição de ciência é obtida á medida que há uma libertação da produção filosófica, que acompanhou e marcou sua história até então.
Surge, assim, a psicologia científica moderna, que embora tenha seu berço na Alemanha é nos Estados Unidos que encontra campo para um crescimento instantâneo.
É nesse momento que emergem as primeiras abordagens em psicologia, que originam as teorias atuais.
Essas escolas são: o Funcionalismo, o Estruturalismo e o Associacionismo.
O Funcionalismo, considera a primeira sistematização de origem americana de conhecimento em psicologia. W.James, vê na consciência o centro de suas preocupações e estudos.
O estruturalismo, de Tither, preocupa-se com a consciência em seus aspectos estruturais. O método de investigação dessa consciência consiste no introspeccionismo.
O Associacionismo, formula a primeira teoria da aprendizagem na psicologia.
Se antes a Psicologia científica estava subordinada à Filosofia, a partir do século XIX ela passa a ligar-se a especialidades da Medicina.
As três principais e mais importantes tendências teóricas da Psicologia no século XX, que substituíram as escolas do século XIX, são:
Behaviorismo (behavior, que significa comportamento, em inglês) que define o fato psicológico de modo concreto, a partir da noção de comportamento.
A Gestalt – que surge na Europa, como negação da fragmentação das ações e processos humanos e postula a necessidade de entender o homem como totalidade.
A Psicanálise, que nasce com Freud, na Áustria, postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.

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