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Construindo o leitor competente: leituras interativas.
(CVHA)

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Este artigo tem o propósito de versar acerca das questões que envolvem a leitura e sua prática em sala de aula, a partir das considerações pontuadas, pelas autoras Maria de Fátima Barros Silvestre e Regina Maria Braga, no livro “ Construindo o leitor competente – atividades de leitura interativa para a sala de aula”, nos capítulos 1 e 2 , em que o ato de ler é apresentado e entendido como uma instrumento fundamental e primordial na construção dos conhecimentos apreendidos pelos alunos e não somente como uma forma de caminho para a apropriação desses saberes.
Muitos são, sem dúvida, os fatores envolvendo a questão da leitura, assim como suas repercussões e consequências. Porém, neste momento, serão abordados e apresentados, por tópicos, alguns desses elementos integrantes/participantes e constituintes
do processo de aprendizagem da leitura em sala de aula, para logo após serem realizadas as devidas considerações finais acerca do assunto.
Entende-se que para tentar compreender um pouco sobre as questões referentes à leitura, é necessário perceber e conhecer a respeito dos participantes envolvidos nesse processo, pois é a partir da devida integração destes que se torna possível a realização efetiva do ato da leitura em sala de aula.
Em um primeiro momento, serão apresentadas algumas considerações acerca da leitura, como percepções e dificuldades, assim como as causas e consequências dessas dificuldades. Em seguida, têm-se a exposição dos elementos participantes do processo de aprendizagem da leitura.

A Leitura: percepções e dificuldades.

O conceito de leitura é muito amplo e complexo. Para entendê-lo temos que considerar diversos aspectos, tais como idade do leitor, seu grau de intelectualidade, seus gostos e sua cultura, pois o ato de ler permite que o aluno se aproxime de algo que acaba de ganhar sentido através da experiência com a leitura.
Segundo Manguel (1990), a leitura é uma experiência individual sem demarcações de limites, não depende somente da decifração de sinais gráficos, mas de todo o conceito prévio como conteúdo do texto e a construção do sentido.
Da mesma forma que podemos afirmar que os alunos de hoje são diferentes dos alunos de outras épocas, também é oportuno e relevante pontuar sobre as mudanças nas percepções a respeito da aprendizagem da leitura, pois à luz dos conhecimentos atuais, é inaceitável que esse processo ainda sofra a limitação de uma prática meramente decodificadora dos escritos gráficos.
O ato de ler e compreender perpassa a simples decodificação do código escrito, pois sob este há uma estrutura básica, que exige do leitor, que coloque e jogo todos os aspetos cognitivos e repertório pessoal. Além disso, quando alguém lê algo é porque tem um objetivo, ou seja, mesmo sem perceber, há implícito a situação, um motivo gerador.
Para Paulo Freire, em seu artigo e também título de livro “ A importância do ato de ler”, a concepção de leitura ganha um conceito amplo e abrangente em que mais significativo do que decodificar a palavra ou a linguagem escrita, é perceber e realizar a “leitura do mundo”, ou seja, captar as experiências e interações com o meio e integrá-los ao ato da leitura, pois a verdadeira compreensão de um texto, ocorre a partir do momento em que o leitor passa a relacionar as informações do que está sendo lido com o que já possua em sua estrutura cognitiva e em seu sistema de conhecimento internalizado.
Desse modo, percebe-se que toda a forma de leitura, para ser bem sucedida e autônoma, exige do leitor algum esforço que vai além do simples reconhecimento de códigos e demais caracteres e isso poderá ocorrer de forma fluente e compreensível, se houver muito treino, para que se interiorizem as estratégias pessoais de leitura e boa vontade. Então, para que isso ocorra é necessário que o sujeito seja capaz de aprender a partir dos textos. Por isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do seu acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalizações que permitam transferir o que foi assimilado para outros contextos diferentes.
Dentro das dificuldades enfrentadas pelos alunos no processo de leitura, encontra-se a questão do desenvolvimento da capacidade de ler e escrever. Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura e fazer perceber a sua importância no convívio em sociedade, se torna algo complexo. A dificuldade em dominar a leitura está não só no sentido de conceber ideias, mas também no sentido de criá-las e recriá-las.
Pode-se dizer que a aprendizagem da leitura é um processo complexo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta com uma mudança de comportamento. Para verificar se houve ou não a apropriação da leitura, é preciso que as mudanças ocorridas sejam relativamente permanentes.
Para Charmeux (1997, p.88), ensinar leitura portanto, é um comportamento ativo, vigilante, de construção inteligente de significação, motivação por um projeto consciente e deliberado, e isto desde o próprio início da escolaridade do indivíduo e mesmo antes de chegar à escola.

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