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Leitura: alguns conceitos
(ALeitora)

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O ato de ler permite ao sujeito o acesso à língua escrita, uma vez que, ao compreender o que se lê, ele se depara com novas idéias, com conhecimentos novos ou com os que já domina, com textos que podem fazê-lo rir, ficar triste ou mesmo perplexo, que podem fornecer-lhe instruções específicas para realizar certas tarefas, com textos que podem agregar argumentos de que necessita para defender determinadas posturas, ou até mesmo alimentar o seu imaginário.
Cada vez mais, a leitura ocupa um lugar de destaque na sociedade moderna que está profundamente vinculada à necessidade permanente de transformação e crescimento do indivíduo.
O conceito de leitura é muito amplo e complexo. Para entendê-lo temos que considerar diversos aspectos, tais como idade do leitor, seu grau de intelectualidade, seus gostos e sua cultura, pois o ato de ler permite que o aluno se aproxime de algo que acaba de ganhar sentido através da experiência com a leitura.
A leitura é um meio eficaz para o desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo e para ampliar sua visão de mundo e suas possibilidades de intervenção no lugar em que vive. Mas também para melhorar seu emprego e renda.
Dessa forma, tem um novo e importante papel na educação e na sociedade de forma geral, algo que nunca foi muito claro para as pessoas. Houve um tempo em que, na economia primitiva, por exemplo, a água e, mais tarde o petróleo, na era da industrialização, possuíam importância quase que estratégica para as nações, hoje sem dúvida é o conhecimento, construído com as várias leituras: dos livros, jornais e das muitas outras formas estéticas de cultura, que faz toda a diferença, pois conhecer passou a ser mesmo um valor.
Logo, a leitura possui um papel de extrema e absoluta relevância na formação do ser humano. A capacidade de ler, compreender e processar as informações de um texto é adquirida de uma única maneira: lendo.
Da mesma forma que podemos afirmar que os alunos de hoje são diferentes dos alunos de outras épocas, também é oportuno e relevante pontuar sobre as mudanças nas percepções a respeito da aprendizagem da leitura, pois à luz dos conhecimentos atuais, é inaceitável que esse processo ainda sofra a limitação de uma prática meramente decodificadora dos escritos gráficos.
O ato de ler e compreender perpassa a simples decodificação do código escrito, pois sob este há uma estrutura básica, que exige do leitor que coloque em jogo todos os aspetos cognitivos e repertório pessoal. A leitura se constitui por uma atividade em que deve ser considerado todo o conceito prévio como conteúdo do texto e a construção do sentido desse texto. Além disso, quando alguém lê algo é porque tem um objetivo, ou seja, mesmo sem perceber, há implícito uma situação, um motivo gerador.
Para Paulo Freire (1996), em seu artigo e também título de livro “A importância do ato de ler”, a concepção de leitura ganha um conceito amplo e abrangente em que mais significativo do que decodificar a palavra ou a linguagem escrita é perceber e realizar a “leitura do mundo”, ou seja, captar as experiências e interações com o meio e integrá-los ao ato da leitura, pois a verdadeira compreensão de um texto ocorre a partir do momento em que o leitor passa a relacionar as informações do que está sendo lido com o que já possui em sua estrutura cognitiva e em seu sistema de conhecimento internalizado.
Desse modo, percebe-se que toda a forma de leitura, para ser bem sucedida e autônoma, exige do leitor algum esforço que vai além do simples reconhecimento de códigos e demais caracteres e isso só poderá ocorrer de forma fluente e compreensível, se houver muito treino, para que se interiorizem as estratégias pessoais de leitura. Então, para que isso ocorra é necessário que o sujeito seja capaz de aprender a partir dos textos. Por isso, quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua compreensão, estabelecer relações entre o que lê e o que faz parte do seu acervo pessoal, questionar seu conhecimento e modificá-lo, estabelecer generalizações que permitam transferir o que foi assimilado para outros contextos diferentes.
Dentro das dificuldades enfrentadas pelos alunos no processo de leitura, encontra-se a questão do desenvolvimento da capacidade de ler e escrever. Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura e fazer perceber a sua importância no convívio em sociedade se torna algo complexo. A dificuldade em dominar a leitura está não só no sentido de conceber idéias, mas também no sentido de criá-las e recriá-las.
Pode-se dizer que a aprendizagem da leitura é um processo complexo que se realiza no interior do indivíduo e se manifesta com uma mudança de comportamento. Para verificar se houve ou não a apropriação da leitura, é preciso que as mudanças ocorridas sejam relativamente permanentes.
Para Charmeux (1994), ensinar leitura, portanto, é um comportamento ativo, vigilante, de construção inteligente de significação, motivação por um projeto consciente e deliberado, e isto desde o próprio início da escolaridade do indivíduo e mesmo antes de chegar à escola.

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