Resumo de Repressão (Psicanálise) -

Repressão é o mecanismo de defesa propriemante dito, que produzirá um contra-investimento do ego em relação ao id. Mecanismo de contra-investimento que pode reprimir o que é temido/ameaçador, ou no pré-consciente ou no inconsciente.Em um sentido amplo, podemos dizer que a repressão é a operação psíquica que tende a fazer desaparecer da consciência um conteúdo desagradável ou inoportuno, por se chocar com o ideal de ego: desejo, sentimento, idéia, afeto, etc. Neste sentido, o recalque seria uma modalidade especial da repressão. Todo recalque é uma repressão, mas nem toda repressão é um recalque. Considera-se recalque apenas quando o conteúdo é represado no inconsciente.Em um sentido mais restrito, a repressão designa, em certas operações, um sentido diferente do recalque, pelo caráter consciente da operação e pelo fato de o conteúdo reprimido se tornar pré-consciente, e não inconsciente, fazendo o ego lembrar-se daquilo que foi desejado mas censurado.Do ponto de vista tópico, a repressão seria um mecanismo consciente, atuando no nível da segunda censura (pré-consciente/consciente). Do ponto de vista dinâmico, as motivações morais desempenham, na repressão, um papel predominante.Quando a repressão de um afeto não é transposto para o inconsciente, mas inibido provisoriamente no campo pré-consciente, estabelecendo um quantum de afeto provisório neste nível de represamento, isto provocará, de forma não constante, a lembrança do fato desagradável, produzindo no ego novos afetos, constrangimentos, idéias fixas em determinados assuntos e obsessões. Exemplos: - O tímido é provavelmente um reprimido no campo inconsciente (recalcado). É aquele que foge do desejo que teme (ideal de ego/ego ideal). Em uma festa, seria o jovem que opta por ficar sozinho ajudando os garçons ou conversando com as pessoas mais velhas, ao invés de se integrar com os demais jovens no salão, por vergonha.- O introvertido é provavelmente um reprimido no campo pré-consciente. É aquele que se protege do desagradável, porém sem fugir efetivamente dos objetos desejados. Numa festa, seria o jovem que opta por ficar em um canto do salão, observando os demais jovens se divertindo, fantasiando situaçÕes, porém sem se integrar com os jovens por vergonha.

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