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O estrangeiro
(Albert Camus)

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  Estive lendo algumas obras de Camus, e O Estrangeiro, livro famoso do autor, me chamou atenção. Um livro fácil de ler, mas um pouco complexo de entender o que o autor realmente deseja nos passar.  “Mersault” é o personagem central da história, em que seu caráter é foco durante todos os capítulos.  

        Já no início do livro sua mãe, que Mersault havia internado em um asilo, vem a falecer. Mersault vai ao enterro da mãe, mas não demonstra emoção alguma, que poderia ser explicada pela sua falta de convívio com a mesma. Se não bastasse, logo após o enterro de sua mãe, ele se enamora por uma mulher chamada Maria, com a qual se diverte tomando banhos de mar e vendo filmes de comédia.
       Ao voltar do funeral de sua mãe, Mersault ouve brigas na casa de seu vizinho e amigo, Raimundo Sintés. Sua amante o traía e ele lhe dera uma surra.
Maria pede Mersault em casamento, o mesmo se mostra indiferente, mas aceita o pedido por ser da vontade de Maria.
      O irmão da amante de Raimundo, junto a uns amigos, todos árabes, começam a rondar sua casa. Raimundo pede para que Mersault fique de olho.
O vizinho Raimundo Sintés convida o casal a passar um dia na casa de um amigo, Masson. Ao chegar à casa do amigo, eles o conhecem, e conhecem a sua esposa. Os 3, Masson, Raimundo e Marsault resolvem dar uma volta ao meio dia pela praia, onde encontram os tais árabes, e um embate começa, até que os árabes recuam. Raimundo se fere, e ao voltar para casa, pega um revólver para se vingar do árabe. Mersault o desencoraja, dizendo para atirar só em caso de defesa e pede que lhe entregue o revólver. Raimundo um pouco raivoso concorda e entrega a arma ao amigo.
      Mersault caminha sozinho pela praia, o sol quente batendo em seus olhos e em sua cabeça o deixam tonto. Ele entra no mar, e ao olhar para a areia, vê o árabe do Raimundo deitado sob o sol. O árabe toma consciência da presença de Raimundo, tira um canivete do bolso e vem ao seu encontro. Mersault não pensa duas vezes, tonteado pelo sol, e atira no árabe. Sem saber se houvera acertado, e o calor intenso do sol o inebriando, Mersault atira mais 4 vezes no árabe já caído. Não demora muito, a polícia chega ao local e leva Mersault. 
      Daí em diante, Mersault descreve um pouco de sua vida na cadeia, suas conversas com o advogado , e com o juiz que tenta ajudá-lo, se Mersault reconhece-se a existência de Deus. Mersault não demonstra culpa, tristeza, nem outro sentimento. Sente um pouco de falta do contato físico com Maria. Nada mais.
     Chega o dia do julgamento de Mersault. O mesmo não dá sinais de nervosismo nem arrependimento. O fato de não ter se importado com a morte da mãe torna-se uma prova contra o caráter do mesmo. Várias vezes sua falta de consideração é citada ao longo do julgamento. São trazidas testemunhas, como o diretor do asilo, o porteiro, e um amigo de sua mãe que morava no asilo. Todos criticam a atitude de Mersault quanto ao falecimento de sua mãe. Mersault pouco se manifesta no julgamento, quando algo lhe é perguntado, Mersault responde a verdade, sem rodeios. Lhe é perguntado porque havia atirado mais 4 vezes no árabe, depois do primeiro tiro. Mersault, mesmo sabendo que soaria ridiculamente responde que o sol intenso o levará a ter esta atitude. Também confirma todos os seus atos no funeral da mãe. Maria tenta depor a favor, mas o fato do romance ter se iniciado logo após ao enterro é mais uma prova do péssimo caráter de Mersault. Um senhor, vizinho de Mersault, chamado Salamano também depões a favor do amigo. Seu cachorro e companheiro havia fugido, e Mersault lhe deu conselhos de como achar o animal, criando uma gratidão de Salamano para com Mersault. Outras pessoas depõe a seu favor, mas nada que seja convincente.
Mersault é considerado culpado. Um padre o visita, depois de Mersault ter negado várias vezes. Os dois conversam, e Mersault não sente desejo algum de lutar para sair da cadeia, para ele, todos seriam condenados um dia em sua morte. Diz também, que não tinha direito de chorar sobre o caixão de sua mãe, afinal, ela havia sido libertada.
       E por fim, deitado em sua cela, ele reflete:
"Tão perto da morte, a minha mãe deve ter-se sentido libertada e pronta a tudo reviver. Ninguém, ninguém tinha o direito de chorar sobre ela. Também eu me sinto pronto a tudo reviver. Como se esta grande cólera me tivesse limpo do mal, esvaziado da esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas, eu abria-me pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por o sentir tão parecido comigo, tão fraternal, senti que fora feliz e que ainda o era. Para que tudo ficasse consumado, para que me sentisse menos só, faltava-me desejar que houvesse muito público no dia da minha execução e que os espectadores me recebessem com gritos de ódio".



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