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Período de Latência (Psicanálise)
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Período que vai do declínio da sexualidade infantil – fim da fase fálica- (aos cinco ou seis anos) até o início da puberdade, + ou – 11 anos, e que marca uma pausa na evolução da sexualidade. Observa-se, no período de latência, uma diminuição das atividades sexuais, a dessexualização das relações de objeto e dos sentimentos (e, especialmente, a predominância da ternura sobre os desejos sexuais). 
Surgem neste período ou fase, os sentimentos como o pudor ou a repugnância e as aspirações morais e estéticas (fase da primazia do superego). Segundo a teoria psicanalítica, o período de latência tem origem no declínio do complexo de Édipo (+ ou – 6 anos); corresponde a uma intensificação do recalque em relação às experiências sexuais da criança. Isto produz uma amnésia infantil ligada aos traumas sexuais que a criança sofreu. Neste período há uma transformação dos investimentos de objetos em identificações com os pais e um desenvolvimento natural das sublimações em relação à sexualidade, no ato de ter prazer em brincar.


Quando Freud articula o período de latência com o declínio do complexo de Édipo, tem em vista esta concepção: “... o complexo de Édipo deve desaparecer porque chegou para ele o momento de se dissolver, tal como caem os dentes de leite quando aparece a segunda dentição”. Mas, se a idade pubertária (genital) que marca o fim do período de latência é nítida e incontestável, não é possível ver tão claro em que idade biológica corresponderia a entrada da criança no período  de latência. Assim também não haveria “... por que exigir plena concordância entre a formação anatômica do corpo e dos órgãos genitais e o desenvolvimento psicológico”, tanto na fase delatência, bem como na fase genital (adolescência).

Para explicar o declínio do Édipo, Freud é levado a invocar a “impossibilidade interna” do édipo se realizar sexualmente uma espécie de discordância entre o desejo edipiano incestuoso, a imaturidade biológica, a estrutura dos valores em formação (ideal de ego) e a estrutura do superego que estabelece um processo de censura à criança, a ausência persistente da satisfação esperada, a frustração perpetuada do filho obrigam o pequeno apaixonado a renunciar a um sentimento sem esperança,
forçando-o a elaborar e desistir dos pais como objeto incestuoso.

Finalmente, a entrada no período de latência só poderia ser entendida com referência à evolução do complexo de Édipo para o seu fim e às modalidades da sua resolução nos dois sexos. Secundariamente, as pressões educacionais decorrentes das formações sociais, conjugando a sua ação com a do superego aceleram o início da latência sexual. A latência só pode provocar uma completa interrupção da vida sexual na criança, nas organizações culturais que inscreveram no seu programa uma repressão da sexualidade infantil, através dos valores e da censura do superego. Não é o caso da maioria dos primitivos e indígenas. Note-se que Freud fala de período de latência, e não de fase, o que deve ser
entendido do seguinte modo: durante o período considerado, embora possamos observar manifestações sexuais, não há, a rigor, uma nova organização da sexualidade, mas sim uma imaturidade do órgão sexual biológico e do desenvolvimento psicossexual.



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