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Murilo Rubião e a renovação artística na literatura brasileira
(Adriana dos Santos Teixeira)

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Adriana dos Santos Teixeira é Mestre em Teoria Literária e Crítica da Cultura, pela Universidade Federal de São João del-Rey. Em “Murilo Rubião e a renovação artística na literatura brasileira” (Gláuks – Revista de letras e artes; UFV; link abaixo), a autora se propõe a fazer a reunião de discussões da crítica literária em torno das origens da produção do contista mineiro Murilo Rubião (1916-1991).De início, Adriana Teixeira deixa claro que, a despeito da constante noção, por parte da crítica literária brasileira, de que o trabalho de Murilo Rubião é devedor do escritor tcheco Franz Kafka, a escolha do fantástico tem origem em sua infância, nas leituras de clássicos desse gênero. O próprio autor afirma “que só leu a obra completa de Kafka quando trabalhou na Embaixada Brasileira na Espanha, entre 1956 e 1960”.Para Murilo Rubião, portanto, se tratou de uma tarefa hercúlea, pois o Brasil não tinha tradição fantástica, o que o levou a contribuir para uma renovação artística na Literatura Brasileira. De fato, até para seu mestre – Mário de Andrade –, tratava-se de uma escrita “estranha”, desde sua temática nos contos até sua narrativa, que não se encaixavam em nenhum dos movimentos literários brasileiros daquele período. Adriana Teixeira salienta ainda que “Murilo Rubião esteve por bastante tempo sozinho no que se refere ao gênero escolhido por ele.” Além de Jorge Schwartz, Adriana Teixeira busca os fundamentos teóricos de seu trabalho em Tzvetan Todorov, Antonio Candido e Arrigucci, com o intuito de fazer uma síntese do movimento literário da época anterior e contemporânea aos anos 40, quando Murilo Rubião começa a produzir sua literatura.Trata-se de um artigo recomendado para estudantes e professores de Letras, além de amantes da literatura em geral, pois a modernidade da obra de Murilo Rubião o torna um “pioneiro na narrativa fantástica na literatura brasileira” e sua produção “não tem parentesco no âmbito nacional”.



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