O Cabeleira
(Franklin Távora)
O Cabeleira é um romance regionalista publicado em 1876, do autor cearense Franklin Távora.
Conta a história de Zé Gomes (o Cabeleira) e seu pai Joaquim Gomes, ambos precursores do cangaço do nordeste brasileiro, e suas desventuras por Pernambuco. É considerada uma das maiores obras do autor, além de uma das obras pioneiras no romance regionalista nordestino.
O livro conta que José Gomes, apelidado de Cabeleira, foi um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco. José era naturalmente bom e tinha todas as características de alguém que no futuro seria um homem correto e honesto, mas foi ensinado pelo pai, Joaquim Gomes, um bandido poderoso e irascível, a ser cruel. Formado pela escola do pai, aos 16 anos demonstra uma frieza e maldade imensa. Junto com o pai e Teodósio, o traiçoeiro amigo, formaram um bando com vários outros comparsas e saíram a aterrorizar a província de Pernambuco. A população paupérrima é humilhada e saqueada em seus poucos bens pelos cruéis cangaceiros que matam sem dó quem lhes atravessa o caminho. Mas quando ele reencontra Luísa, uma querida amiga da infância foge com ela e começa a se reformar, apesar de instintivamente ainda se defender violentamente. Luísa acaba morrendo logo após a fuga, pois estava ferida, e Cabeleira é preso. Fraco, faminto e desarmado é encontrado em um canavial e levado para a cidade.
Decorrido um mês, O Largo das Cinco Pontas, em Recife, ostenta a forca que fará justiça aos crimes e desmandos do Cabeleira. Joana, sua mãe, implora para vê-lo, mas não lhe permitem. Vai para a praça aguardar o filho e chorar sua dor. Ele aparece pálido e humilde dizendo arrepender-se do que fez, despede-se, da mãe, que morre do coração entre as mulheres da praça.
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