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Cisne Negro
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Título Original: Black Swan
Gênero:
Drama, Mistério, Thriller
Direção:
Darren Aronofsky
Roteiro:
Andres Heinz, John J. McLaughlin, Mark Heyman
Produtores:
Arnold Messer, Brian Oliver, Mike Medavoy, Scott Franklin
Elenco:
Natalie Portman (Nina)
Vincent Cassel (Korolyevna)
Mila Kunis (Lilly)
Kristina Anapau (Galina)
Barbara Hershey (Erica Sayers)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estreia no Brasil: 4 de Fevereiro de 2011
Estreia Mundial: 17 de Dezembro de 2010
Duração: 108 minutos

Darren Aronofsky, mais uma vez, manifesta seu gosto pelo drama psicológica em seu mais novo filme, característica a qual Natalie soube incorporar perfeitamente a sua atuação. Aronofsky em "Cisne Negro", tal como em "Requiem para um sonho" e em "Fonte da Vida", conduz o filme de forma a deixar o expectador desnorteado, impactado e estarrecido. É provável que o diretor, fortemente consagrado pela ousadia das suas obras anteriores, tenha tencionado agradar os estudios à sua maneira, suavizando algumas características, conservando outras, de forma que o filme, dessa forma, foi melhor aceito pelo público.
Aflitos, partilhamos as visões das psicoses de Nina, doce menina, através dos seus próprios... Um toque ímpar da direção, e, assim, presenciamos sua gradual cisão com a realidade. Criticada por sua rigidez no gesto e falta de expressão no palco, sobre pressão de Thomas e a ameaça de uma iminente substituição, Nina trava uma batalha com ela mesma uma vez que conclui, relutante, que precisa agir diferente, pois sua personalidade se encaixava perfeitamente como "Cisne Branco", mas como "Cisne Negro" não causaria o mesmo impacto.
Seu outro Eu, seu Cisne Negro, desponta desse conflito interno, aos poucos, fazendo uso dos instintos humanos primitivos, tolhidos até então, como a sexualidade, do egoísmo e da agressividade, impondo uma dose excessiva da contradição de que Nina precisaria para, enfim, se libertar.
A profundidade do personagem é abordada, de início, através de sua relação sufocante com a mãe, uma mulher sem vida social ou amorosa, trancada no apartamento, ex-bailarina privada de suas antigas ambições de grandeza, as quais projeta na filha, vivendo apenas por ela, enquanto pinta quadros repetidos, obsessivos.
A mãe é a responsável pela preservação da interdependência entre as duas, uma verdadeira simbiose. A figura paterna ausente nem mesmo é citada. Nina, sem pai, sem autonomia, sem poder de escolha, completamente boa, serena e 'perfeita'. Mesmo a sua tranquilidade é uma paz perturbada. Um dos sintomas mais clássicos de uma personalidade boderline são os extremos de conduta, ou é totalmente bom ou totalmente mal, e é mais provável, para muitos especialistas, que ela seja vítima desse transtorno do que da debatida esquizofrenia. As personalidades conflitantes de Nina se manifestam, o expectador acompanha, confuso, a "batalha de egos" que travam através dos espelhos, imprescindíveis nesse sentido. Em Cisne Negro, entre a realidade e a alucinação há uma linha muito tênue, que mesmo o expectador, absorto do começo ao fim, é incapaz de enxergar, mas se atém a assistir Nina, alternando entre as duas coisas, se perdendo em seus próprios emaranhados.
Cisne Negro é denso, instável e angustiante, a fotografia confere uma atmosfera obscura que sufoca. Ora muito frágil, ora ferina, e nenhum meio-termo entre os dois. E quando a personagem finalmente esboça um sorriso e diz "Fui perfeita", quando já estamos devastados, não é Nina que você grita repetidas vezes. É Natalie Portman. E Natalie nunca esteve tão perfeita.



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