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Papilomavirus Humano (HPV)
(Dr. Cleiton Machado; PhD)

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    O câncer do colo do útero é uma doença crônica que pode ocorrer a partir de mudanças intraepiteliais e que podem, no período médio de 5 a 6 anos, se transformar em processo invasor. Assim, a forma mais eficaz de controlar esse tipo de tumor é diagnosticar e tratar as lesões precursoras (neoplasias intraepiteliais), e as lesões tumorais invasoras em seus estágios iniciais, quando a cura é possível em praticamente 100% dos casos (INCA, 2000).
    Já está bem estabelecido que a infeccção persistente do papilomavirus humano (HPV) é a principal causa dessa doença. Na maioria dos casos, essa infecção regride expontaneamente, e apenas em uma porcentagem dos casos progridem para lesões de alto grau.
    Nesses casos, somente algumas cepas de HPV são capazes de provocar lesões precursoras ou progredi-las a lesões mais avançadas. Recentemente, estudo conduzido para estabelecer a prevalência e fatores de risco de lesões cervicais em mulheres brasileiras demonstrou que o risco de progressão da lesão para câncer foi 13,8 vezes maior em mulheres que apresentaram positividade para HPV de alto risco em comparação a mulheres que não apresentavam HPV. Também foi observado que o risco de progressão da lesão em mulheres com HPV de baixo risco foi 0,02 vezes maior que em mulheres que não apresentavam HPV, o que representa a mesma chance de desenvolvimento da doença sem o HPV. Ainda, foi estabelecida uma adição de risco de 13 vezes mais quando, concomitante à infecção com um HPV de alto risco, foi encontrado outra DST associada (Cavalcanti et al. Journal of Infection: 40, 80–87, 2000).
    Os HPVs de alto risco mais prevalentes no Brasil são o 16, 18, 31, 33 e 45 (Rabelo-Santos et al. Mem Inst Oswaldo Cruz, Vol. 98(2): 181-184, 2003).
    O controle da divisão celular pode ser modificado na presença desses HPVs de alto risco oncogênico, que terão como alvo principal proteínas regulatórias do ciclo celuar como p53, pRb e E2F e inibição da apoptose (Jayshree, Indian J Med Res 130: 286-295, 2009).
    Os principais oncogenes virais responsáveis por essa regulação são os genes E6 e E7. Juntos, são essenciais para induzir a célula hospedeira a reentrar na fase de síntese de DNA do cíclo celular e replicar a maquinaria necessária para amplificação do genoma viral, mas outros fatores são necessários para a aquisição desse fenótipo. No caso de HPVs de baixo risco, apesar de também expressarem essas proteínas, elas não são capazes de induzir a imortalização e transformação celular (IARC, 2007; Grm, Indian J Med Res 130: 277-285, 2009).
    As oncoproteínas E6 e E7 foram estudas recentemete como objeto de triagem de infecção viral por HPV em mulheres italianas. A análise de expressão de mRNA dessas proteínas parece mostrar uma maior sensibilidade quando comparado ao estudo da presença de DNA viral mas mostrou também um alto índice de positividade em tecidos normais, necessitando de mais estudos para a avaliação dessa metodologia no uso clínico (Cattani et al., Journal of Clinical Microbiology: 2136-2141, 2009), além da necessidade de ainda se saber qual cepa de HPV está expressando essas proteínas.
    Hoje, para a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), os mais confiáveis métodos de confirmação de infecção de HPV são aqueles que detectam a presença do DNA viral, e que devem ser usados para triagem ou tipagem de cepas de HPVs, principalmente de alto risco oncogênico (IARC, 2007). 



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