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Refugiados, viagens sem fim
(Marici Capitelli e Carolina Rossetti - OESP)

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O dia mundial do refugiado, 20 de junho, coincidiu com a divulgação de números desanimadores, hoje existem no mundo 43,7 milhões de pessoas expulsas de suas terras por causa de guerras civis, perseguições religiosas, étnicas, políticas ou desastres naturais. É o maior numero de pessoas deslocadas nos últimos 15 anos. Desde o conflito dos Bálcãs, o cenário é tão desolador, atesta o pesquisador de imigração forçada da Universidade de Oxford, Alexander Betts, Diretor do centro de estudos Global Migration Governance Project. Segundo ele, o mundo fracassou em encontrar uma solução  para os refugiados, pois os modelo dos campos só perpetua a situação de exílio e produz gerações  que não terão chance de “florescer como seres humanos”.
Hoje, a União Européia aprova a restrição da liberdade de circulação em circunstancias excepcionais. A medida foi encabeçada por França e Itália, na tentativa de conter o fluxo de imigrantes africanos depois das recentes revoltas no mundo árabe.
No Brasil, a preocupação é o Haiti. O tremor de 7 pontos na escala Ritcher, no dia 12 de janeiro de 2010, deixou 230 mil mortos, 1,5 milhão de desabrigados e 300 mil feridos. O país é o mais pobre do continente com PIB per capita US$ 1.121. Está em 145º lugar no ranking de desenvolvimento de 169 países da ONU. O Conare, orgão
vinculado ao Ministério da Justiça, recebeu 1.534 solicitações de refúgio de haitianos este ano. Mas não vai atender; refugio é dado em casos de perseguição política, religiosa e racial, o que não é o caso. As solicitações são encaminhadas para o Conselho Nacional de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego.
A pasta já concedeu 438 vistos de permanência, mas considera insustentável essa imigração desmedida. Quando chegam aos postos de fronteira da Policia Federal, eles fazem um pedido de refúgio e recebem um protocolo provisório por 90 dias, renováveis a medida que o Conare analisa os pedidos.
Para chegar ao Brasil, eles desembolsam até R$ 5.000,00 e a travessia é feita por coiotes – atravessadores. Acre e Amazonas são os principais pólos de entrada, mas o objetivo é chegar a São Paulo, Rio ou Brasília. A maioria acaba em instituições de caridade. Na capital paulista, passaram 52 deles pela Casa do Migrante, 70 pela Cáritas Arquidiocesana e mais 10 levados pela viatura da Secretaria de Assistência Social, não puderam ser atendidos por falta de vagas.
Em Tabatinga no Amazonas a Policia Federal tem recebido 40 novos imigrantes por semana. Em Manaus há 35 mulheres, inclusive grávidas, mantidas pela Igreja Católica. 650 conseguiram trabalho em Manaus mas não conseguem se manter sem auxílio da Pastoral do Migrante, onde o Padre Valdecir Molinari aconselha a não virem para São Paulo, mas a maioria considera que o Brasil e São Paulo são o caminho para reconstruírem suas vidas.



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