O Arcadismo também conhecido como Neoclassicismo e Setecentismo – estética vigente dos anos 1700, consiste no período que caracterizou a segunda metade do século XVIII, pois marcou as artes de uma nova perspectiva de natureza burguesa. Naquele momente, vivia-se o que se conheceu como o Século das Luzes, ou Iluminismo burguês, que preparou terreno para o surgimento e deflagração da Revolução Francesa. A primeira metade do século XVIII marcou sensivelmente a derrocada do pensamento estético barroco. Para esse declínio, colaboraram muitos fatores como: o nascimento da recém formama classe dominante da burguesia que estava voltada para as questões mundanas, deixando de lado a religiosidade bastante em voga no período do barroco. Os traços estéticos barrocos estavam obsoletos e ultrapassados para continuarem a ser seguidos pelo público. Assim, nascem as primeiras arcádias, que buscavam em suas produções a pureza e a simplicidade das formas clássicas. A palavra arcádia, que dá origem e Arcadismo, é grega e designa uma sociedade literária típica da última fase do classicismo, cujos membros adotam nomes poéticos apastoris, em homenagem à vida simples dos pastores, em comunhão com a natureza.O arcadismo teve espírito nitidamente reformista, pretendendo reformular o ensino, os hábitos e o comportamento social, uma vez que era uma manifestação artística que projetava os anseios de um novo tempo e de uma nova ideologia. No Brasil, o período árcade teve início com a publicação das Obras, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768, e estendeu-se até 1836, ano em que Gonçalves de Magalhães publicou os Suspiros poéticos e saudades, obra inicial do Romantismo brasileiro. O desejo da natureza, a realização da poesia pastoril, a reverência ao bucolismo são traços marcantes da literatura árcade, dispota a fazer valer a simplicidade perdida no barroco.
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