Desenvolvimento de Novos Produtos 
(Julio Cesar S. Santos)
  
Produto é um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis
 que proporciona benefícios reais ou percebidos, com a finalidade de satisfazer
 as necessidades e desejos do consumidor. Para Phillip Kotler um produto é um
 bem ou um serviço que pode ser adquirido mediante um processo de troca, 
 
 Quando vendem um determinado produto, as empresas vendem
 muito mais do que um produto físico  em si. Elas  vendem a satisfação, o uso ou o
 benefício proporcionado por um produto e desejado pelo consumidor.
 
 Mas, um produto é mais do que um objeto tangível, que tem
 aplicações específicas e que foi concebido partindo-se de determinadas
 matérias-primas e processos de fabricação. Em suas intervenções, Kotler &
 Armstrong (    [1]    )
 introduziram a palavra “atenção” despertando o interesse do consumidor, mesmo
 quando a compra não se realiza: “Produto é qualquer coisa que possa ser
 oferecida a um mercado para atenção, uso ou consumo, e que possa satisfazer um
 desejo ou uma necessidade”.
 
 Portanto, o sucesso de um produto está intimamente
 relacionado à percepção de seu valor pelos consumidores e, para tanto, as
 organizações precisam ampliar sua visão de produto apenas como uma mera função
 física de seus componentes. Tais componentes são importantes, mas exercem pouco
 efeito sobre como a maioria dos consumidores vêm o produto, pois para o
 consumidor, o importante são os benefícios da utilização do produto e a
 satisfação que ele pode proporcionar.
 
 
 
 
 
                                                                       O Nascimento de um Produto   
 
 
 
 
 
 A despeito de ser vital para o crescimento, para a lucratividade
 e longevidade das organizações a inovação de produtos representa um grande
 risco para a empresa, principalmente quando se trata de um novo produto
 
 A maior parte dos recursos de
 Pesquisas e Desenvolvimento é gasta em idéias de novos produtos mal-sucedidos.
 Pesquisa aplicada a 51 importantes companhias nos EUA mostrou que cerca de 60
 diferentes idéias são desenvolvidas para gerar apenas um novo produto
 comercialmente bem-sucedido.
 
 O maior risco no lançamento de
 novos produtos está no estágio de introdução no mercado. Ainda de acordo com o
 estudo as estimativas de novos produtos mal-sucedidos no mercado variam de 10 %
 a 80 % do total de lançamentos. Já uma pesquisa feita pela National Industrial
 Conference Board, Inc. indica que 30% dos novos produtos introduzidos no
 mercado são mal-sucedidos. Como podemos observar, há uma grande discrepância
 nos resultados de cada estudo, quando comparados entre si. Isto se deve
 basicamente a diferentes definições de produto novo:
 
 
 
   q  Diferentes significados para sucesso e
 insucesso; 
 
   q  Amostra de empresas escolhidas; e 
 
   q  Estágio de desenvolvimento tecnológico de
 economia.
 
 
 
 Estamos assistindo ao inicio de uma revolução, mas não uma
 revolução completa: apenas um giro de 180 graus que coloca os consumidores e as
 pessoas que interagem diretamente com os consumidores, no topo do organograma e
 não na base. Isso significa que a administração agora precisa estar na base, a
 fim de dar suporte, transformando-se no alimento necessário para sustentar
 essas relações tão importantes com os consumidores.  
 
 No modelo tradicional, a empresa poderia servir aos
 administradores concentrando-se em necessidades definidas pelos consumidores,
 porem, a tendência é criar empresas que existem para servir a seus clientes,
 tenham ou não forte base tecnológica.
 
 E o objetivo do marketing no meio
 disto foi bem definido por Regis McKenna “integrar o consumidor do design do
 produto e conceber um processo sistemático de interação que dê sustância a essa
 relação”.
 
 
 
   Classificação
 dos Produtos  
 
 
 
 
 
 Baseados nos consumidores que os utilizam, os produtos são
 agrupados em dois grandes grupos: produtos de consumo e produtos industriais. Os
 produtos de consumo são aqueles destinados ao consumidor final e os industriais
 são destinados à fabricação de outros produtos e, dentro desses dois grupos, os
 produtos são classificados de acordo com a sua forma de utilização. Existem
 quatro classes de produtos de consumo:
 
 
 
   q    Produtos de
 Conveniência  : são aqueles que o consumidor necessita e gasta pouco
 tempo e esforço para adquiri-los. Freqüentemente adquiridos, não custam muito e
 sua compra é quase um hábito. Exemplo: jornais, cigarros, etc.
 
   q    Produtos de
 Compra Comparada  : são comprados com menos freqüência e cuidadosamente
 comparados, em termos de adequação, qualidade, preço e estilo. Os consumidores
 gastam mais tempo buscando informações e fazendo comparações. Exemplo: eletrodomésticos.
 
   q    Produtos de
 Especialidade  : são aqueles que o consumidor não precisa comparar,
 pois ele o deseja realmente e se esforça para adquiri-lo. Em geral, os
 consumidores gastam pouco tempo para adquiri-lo. Exemplo: Carros de luxo,
 televisores tela grande, helicópteros, aviões.
 
   q    Produtos Não
 Procurados  : são aqueles em que os consumidores ainda não o desejam
 ou não sabem que existem. Por sua própria natureza exigem muita propaganda,
 venda pessoal e esforço de marketing. Exemplo: seguro de vida, enciclopédias,
 lotes em cemitérios, etc.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 _____ ____________________________________________________(    [1]     )“Princípios de Marketing”. Rio de Janeiro,
 LTC, 1999.(pag 190) 
 
  
 
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