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Oriente Médio, todo poder a Alá
(Diogo Schelp - Revista Veja)

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Os fundamentalistas islâmicos são os grandes vitoriosos das revoltas populares no Egito e na Tunísia. No Líbano o Hezbollah domina o governo.Inspirados naRevolução do Jasmim, como ficou conhecida a revolta tunisiana, egípcios, iemenitas, argelinos, sudaneses e jordanianos foram às ruas protestar contra seus governantes.
Mas, o advogado palestino Ghaith al-Omari, vê com pesar a ascensão política do radicais islamicos. Ele foi assessor para assuntos externos do presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, participou das negociações de paz com Israel em Camp David nos Estados Unidos em 2002, e atualmente é diretor da Força Tarefa Americana na Palestina, um centro de estudos sediado em Washington.
Os movimentos seculares chegaram ao poder no mundo árabe nas décadas de cinqüenta e sessenta com uma ambiciosa agenda de reformas. Não cumpriram nada. A democracia é inexistente na maioria dos países árabes. A miséria é generalizada e a corrupção disseminada. A estagnação social e cultural erodiu a legitimidade dos regimes seculares. Esses governos prometeram acabar com a ocupação israelense nos territórios palestinos. Fracassaram em todo mundo árabe. Do Marrocos ao Egito, do Líbano a Jordânia. Não tem nada a oferecer, sucessos nem internos nem externos,e os fundamentalistas se aproveitam da frustração do povo, com os donos do poder. Se aproveitam também, do antiamericanismo latente no mundo árabe, para denunciar a aliança com o ocidente de alguns regimes seculares, Tunísia, Jordânia e Egito. Para provar que a essa aliança não traz nada de bom para a população, apontam a incapacidade de resolver o conflito árabe-israelense por meio da diplomacia. A questão palestina é uma das desculpas para atacar o secularismo, a moderação e a tolerância..
Na Tunísia, onde o governo de Habib Bourguiba (1957-1987), separou o governo da religião, há um sentimento mais profundo de secularismo do que em outros países árabes, mesmo assim o movimento islâmico é forte e o Islã pode ascender ao poder. No Egito há a Irmandade Muçulmana, que continua influente apesar de reprimida pelo ditador Hosni Mubarak nos últimos anos.
A única opção política no mundo árabe atualmente, é o fundamentalismo islâmico. Não há outra oposição organizada. Ele atrai a simpatia popular com slogans simples, como o de que o Islã é a solução para tudo. Os fundamentalistas pregam que o governo islâmico é o único modo de purificar a sociedade. A população acredita.



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