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A arte da vida
(Zygmunt Bauman)

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"Qualquer que seja o dinheiro e o crédito de que dispomos, não encontraremos num shopping o amor e a amizade, os prazeres da vida familiar, a satisfação de cuidar dos nossos entes queridos ou de ajudar um vizinho em perigo, a auto-estima por um trabalho bem feito, a gratificação do "instinto para o trabalho " que temos, a simpatia e o respeito dos colegas de trabalho e das outras pessoas com quem lidamos; e não podemos alcançar a liberdade de ameaças de "indiferença, de desprezo e das humilhações." Dinheiro, poder, capacidade de consumir sem limite: tudo isso dá felicidade? Bauman abre o seu mais recente ensaio com uma análise argumentada de como não seja assim, ainda que hoje poder de compra e felicidade pareçam sinónimos. "Rótulos, marcas e logotipos são termos da linguagem de reconhecimento." Ou seja, são realizados para afirmar o papel e o estatuto social do indivíduo-consumidor. Além disso, a propaganda destaca a capacidade de mudança de um determinado consumo/produto: rejuvenesce, renova, muda a vida. É evidente o poder de fascinação desta mensagem que, além demais, não cria compromissos porque, quando um produto não nos agrada mais, pode ser excluído com tranquilidade, mais ainda, a sua rápida substituição é recomendada ... Estes "tempos de relacionamento" dizem respeito à posse de objetos, mas não só: dizem respeito à cultura hodierna das relações "com baixo comprometimento" no seu conjunto. No entanto, o sentimento de precariedade das relações é uma fonte de insegurança e sentimos saudades de sentimentos a longo prazo. Não é de subestimar a necessidade humana de afirmação do indivíduo contemporâneo: estado de ânimo extremamente difuso, elemento esse que em vez de “dar asas" puxa para baixo como um pedregulho. Mas então como se pode aprender a arte da vida, sugestivo título deste livro? Temos que tentar o impossível, diz Bauman. Porque a felicidade precisa estar sempre um passo acima dos outros, mas a estima dos outros é fundamental para dar base à nossa auto-estima ... Sempre desapontados prosseguimos na busca espasmódica da felicidade. "Deixo aos leitores, sublinha Bauman, que decidam se a coerção para procurar a felicidade na forma praticada na nossa sociedade de consumidores líquido-moderna, faz feliz aquele que é obrigado." Talvez não, parece querer sugerir-nos o autor. Eis então a arte da vida como criação sempre renovável, que, como qualquer arte, é também sofrimento, é dor, é pesquisa, é renúncia, é prazer. "A arte da vida" significa coisas diferentes para aquele que faz parte da velha ou a da nova geração, mas cada um é um artista e ninguém pode colocar de lado a arte.



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