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Recalque (Psicanálise)
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A teoria do recalque é a pedra angular em que assenta todo o edifício da psicanálise. Foi como fato clínico que o recalque se impôs desde os primeiros tratamentos dos histéricos em que Freud verificou que as lembranças recalcadas não estão disponíveis no consciente dos pacientes, mas conservam, quando descobertas, toda a sua
vivacidade e seu quadro de excitação (quantum de afeto). “Tratava-se de coisas que o doente queria esquecer e que intencionalmente reprimia, rejeitando, ou então, repelia, mantendo recalcado fora do seu pensamento consciente."
Damos o nome de recalque ao mecanismo básico de defesa, ligado à repressão do ego, que produz contra- investimentos em relação ao id e desloca este conteúdo desagradável para o campo inconsciente. No sentido próprio, operação de contra-investimento pela qual o sujeito procura repelir ou manter no inconsciente as representações (pensamentos, imagens, recordações) ligadas a uma pulsão que foi reprimida. O recalque produz-se nos casos em que a satisfação de uma pulsão — suscetível de proporcionar prazer por si mesma — ameaçaria provocar desprazer relativamente a outras exigências, exigindo a sua eliminação imediata do campo consciente. Trata-se de um habeas corpus, um recurso que o ego tem de postergar a elaboração de uma pulsão disponível que lhe é agradável, mas considerada como desagradável/constrangedora, pelo choque com o ideal de ego, defendendo-se. Neste caso, o ego não se encontra ainda preparado para enfrentar e elaborar estes desejos e tendências. Neste caso, o ego aplica uma força energética de igual intensidade e no sentido contrário ao da pulsão (contra-investimento), lançando aquele conteúdo indesejado para longe do campo consciente, em direção ao inconsciente (recalque daquilo que é inquietante e comprometedor). O recalque é especialmente patente na conversão e na histeria, mas desempenha
também um papel primordial em todas as afecções mentais. Pode ser considerado um processo psíquico universal, na medida em que estaria na origem da constituição do inconsciente como campo separado do resto do psiquismo.
O termo “recalque” é muito usado como sinônimo de defesa, já que ele constitui a defesa original (propriamente dita). Mas, só em raríssimas ocasiões, é utilizado por Freud como se fossem equivalentes. É errôneo considerar, com base no testemunho posterior de Freud, que o único modo de defesa conhecido é o recalque. Com efeito, por um lado, Freud especifica, por essa época, que as diversas psiconeuroses são desenvolvidas por modos de defesa nitidamente diferentes, contudo, todas decorrentes do retorno do recalcado e pela ação protetora (deformação) do superego.



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