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Três ensaios para uma teoria sexual
(Sigmund Freud)

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Em “Três ensaios para uma teoria sexual” Freud aborda as perversões no marco de uma teoria geral da sexualidade. A ideia de que existe uma pulsão sexual “natural” não lhe parece evidente, pelo que parte do estudo das perversões, mais concretamente dos “desvios” em relação à suposta pulsão normal: desvios relativos ao “objecto” e ao “fim” sexual. Critica a teoria da “degeneração nervosa” por considerar inaceitável que a causa da conduta é inata e produto de um processo degenerativo e diz que o “inatismo” da conduta perversa só seria aceitável para os casos de inversão absoluta (pessoas que sempre só haviam manifestado essa tendência). A teoria da sexualidade é também descartada por Freud, que distingue apenas que há uma disposição “bisexual” e que as perversões são “(…) perturbações que atacam a pulsão sexual durante o seu desenvolvimento”. Diz ainda que à pulsão serve qualquer objecto que alcance o seu fim. Para Freud “pulsão sexual normal” é o resultado de uma determinada combinação de elementos e não um dado biológico de entrada, da mesma forma que perversão não é uma degeneração do sistema nervoso, mas o resultado de uma combinação diferente daqueles elementos. Freud vai demonstrando que há uma continuidade entre as condutas dos grandes perversos e a sexualidade normal. Os seus estudos sobre a vida inconsciente dos neuróticos demonstram que nela se encontram em forma de fantasias reprimidas os mesmos conteúdos da conduta dos sujeitos perversos. As tendências monstruosas horrorizam o sujeito normal por que também existem no seu interior. Esta “disposição geral” comum a todos os sujeitos acabará por ser a “sexualidade infantil” (caracterizada como perversa e polimorfa), constituída por “pulsões parciais” que não estão subordinadas a nenhuma outra finalidade para além da sua própria satisfação “auto-erótica”. Num desenvolvimento sexual normal devem aparecer logo as barreiras constituídas pelo “pudor”, o “asco” e a “compaixão” como resposta a esses gozos infantis e logo na puberdade essas formas perversas da sexualidade devem ficar subordinadas à satisfação genital. A referência a um desenvolvimento normal da sexualidade permitirá dar uma primeira definição da perversão que exige duas condições: a fixação a determinada satisfação pulsional infantil e algum tipo de transtorno no processo de subordinação das pulsões parciais à genitalidade.



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