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A perversão
(Jorge Sosa)

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Para Freud a sexualidade infantil é perversa pois nela coexistem as pulsões parciais, independentes umas das outras, cada uma com o seu fim, enquanto que na perversão o que encontramos é a subordinação de toda a sexualidade à satisfação de uma pulsão parcial que substituiu o acto heterosexual genital. É uma solução distinta relativamente ao gozo sexual mas em que as pulsões parciais estão ao serviço de um fim, e isto corresponde à sexualidade adulta e a certa posição subjectiva com respeito à castração.
Para Lacan, a estrutura da perversão implica o complexo de Édipo, do qual Lacan distingue três tempos. O complexo de Édipo e o complexo de castração podem ser pensados como um processo simbólico que permite situar o gozo da pulsão em relação com a diferença sexual. Pode-se assim falar de subordinação das pulsões parciais ao gozo “sexuado”, o gozo pulsional situa-se noutro plano ao colocar-se em relação com um desejo sexual masculino ou feminino. Os sintomas presentes nas diferentes estruturas clínicas (psicose, neurose, perversão) indicam as soluções encontradas pelo sujeito frente aos pontos em que fracassou o processo simbólico que permite situar o gozo da pulsão em relação à diferença sexual. Nos ensinamentos de Lacan encontramos duas teorias sobre estrutura perversa. Numa primeira época o autor define-a a partir da identificação do sujeito com o falo materno. Num segundo momento apresenta que o sujeito perverso “se faz instrumento do gozo do Outro”: o fantasma perverso – cujo protótipo é o fantasma do Marquês de Sade – aponta a restituir à mãe o gozo. As estruturas a situar na perversão são: fetichismo, travestismo, exibicionismo, voyeurismo, sadismo, masoquismo. Em todos os casos de perversão, a divisão subjectiva é suportada pelo outro. Outra solução que podemos situar dentro desta estrutura é a homosexual. Tanto a feminina como a masculina nem sempre se enquadram na estrutura perversa. O gozo perverso não é solitário, implica a angústia do outro. Esse outro é também um representante do próprio sujeito, o qual experimenta a sua divisão subjectiva por meio dessa identificação consciente.



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